As medidas de restrição do funcionamento de diversas atividades decretadas pelo GDF no final de semana receberam apoio da maioria dos deputados distritais durante a sessão remota da Câmara Legislativa esta semana. Apesar da concordância, alguns parlamentares culparam o governo pela “situação dramática” do setor de saúde. “Todos sabem do drama das UTIs. Há filas de espera nas unidades e os hospitais estão lotados. Essa é a realidade e o governador acertou”, resumiu a deputada Arlete Sampaio (PT), levando o tema ao plenário virtual.
Os parlamentares são unanimes na defesa de aquisição de vacinas diretamente pelo governo local, sem esperar pelo Ministério da Saúde. “É necessário que o Distrito Federal se mexa”, disse Arlete, tecendo críticas a Ibaneis Rocha por não ter participado de reunião da qual participaram 19 governadores. A distrital lembrou ainda a urgência do auxílio emergencial. Vigilante, por sua vez, considerou tímida a medida do GDF salientando as atuais dificuldades dos serviços de saúde em todo o país.
“O governador foi incompetente e errou em sequência”, na opinião do Professor Reginaldo Veras (PDT). Entre os erros, citou: “rezar na cartilha do governo federal, por negacionismo e oportunismo político; não liderar a corrida pela vacina; e incentivar a população ir à rua, sem fiscalização adequada”. O deputado acha que Ibaneis deve vir a público admitir suas falhas na condução da crise e justificar que o momento crítico exige medidas drásticas e impopulares. “Que Deus nos ilumine”, desejou.
Líder do governo na CLDF, o deputado Hermeto (MDB) disse não ter estado tão preocupado como neste fim de semana: “A situação no DF é dramática na saúde, na economia e no emprego”. Na opinião dele, o presidente Bolsonaro é diretamente responsável pela crise, por ter se negado a adquirir doses dos imunizantes ainda no ano passado.
Já a deputada Júlia Lucy (Novo), única contrária às restrições, insistiu para que fosse apreciado um projeto de decreto legislativo de sua autoria com o objetivo de sustar o decreto governamental que instituiu o lockdown no DF. Após uma consulta entre os líderes partidários presentes, pelo presidente da Casa, deputado Rafael Prudente (MDB), não houve manifestação concordando com a inserção extra-pauta da matéria na ordem do dia, para votação. (Com informações do portal: www.cl.df.gov.br)
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