Durante entrevista ao programa Alerta Especial, do apresentador Sikêra, o presidente Jair Bolsonaro fez críticas ao isolamento social e ao toque de recolher adotado. Na entrevista Bolsonaro também lamentou a decisão do STF que liberou governadores e prefeitos para implementar medidas de combate ao coronavírus. Abaixo trechos da entrevista
Bolsonaro disse que os militares podem ser convocados “não para manter o povo dentro de casa”, mas para “restabelecer” o direito de ir e vir. O presidente também chamou o isolamento social de “covardia”.
“Se eu decretar isso, vai ser cumprido”, afirmou o presidente. “As Forças Armadas podem ir para as ruas sim, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer cumprir o Artigo 5º, direito de ir e vir, acabar com essa covardia de toque de recolher, direito ao trabalho, liberdade religiosa, de cultos.”
Bolsonaro também disse lamentar que o Supremo Tribunal Federal tenha delegado “poder excessivo” a governadores e prefeitos, que desde o ano passado tiveram autonomia garantida para implementar medidas de combate ao coronavírus.
O chefe do Palácio do Planalto afirmou ainda que tem se reunido com os seus ministros para discutir “o que fazer se um caos generalizado se implantar no Brasil pela fome”.
“Eu não posso extrapolar, e isso alguns querem que extrapole”, disse. Em outro trecho, culpou os problemas econômicos decorrentes da pandemia à “maneira covarde como alguns querem impor essas medidas restritivas para o povo ficar dentro de casa.”
As chefias das três Forças Armadas foram trocadas por Bolsonaro em março. Após as mudanças, o presidente voltou a falar em “meu Exército” ao se referir ao conjunto de forças militares terrestres.
Em momentos posteriores, Bolsonaro disse que “o Exército não vai fazer nada para privar a liberdade do povo”, negando que os militares sejam orientados a reforçar as ordens de isolamento social. O Brasil está próximo de completar 400 mil mortos por Covid-19. Segundo atualização do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o País já contabiliza 386.416 vítimas fatais e mais de 14 milhões de casos de coronavírus.
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