sexta-feira , 22 novembro 2024
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Vacina contra Covid ajuda a reduzir mortes, mas casos seguem aumentando no mundo. OMS teme mais variantes

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O desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19 foi o mais rápido da história e já ajuda na queda de óbitos e de hospitalizações em muitos países. Neste sábado (25), o mundo alcançou a marca de mais de 1 bilhão de doses aplicadas. Mas ainda há preocupação generalizada de autoridades sanitárias e de pesquisadores, pois o número de casos cresce nas últimas semanas no mundo, mesmo em nações que avançam rapidamente na imunização.
Uma das grandes preocupações é que o atual crescimento de novos casos no mundo, que acelera semanalmente desde o fim de fevereiro, contribua para o surgimento de novas variantes, mais agressivas, que possam minar a eficiência das vacinas.
Quem puxa atualmente a alta de novas infecções é a Índia, onde foi identificada uma nova variante e as medidas de restrição estavam brandas até o início deste mês. Mas há outros casos emblemáticos, como Alemanha, Canadá, Uruguai e Chile. Estes países já passaram de 20% da população total com ao menos uma dose (no Chile, são mais de 40%), mas estão com o número de novas infecções ao menos 35% maior agora do que há um mês.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, vem destacando em suas entrevistas à imprensa os seguidos recordes de novos casos no mundo, “apesar de já termos aplicado mais de 780 milhões de doses globalmente”, como disse no último dia 12.
“Que não haja dúvidas: vacinas são essenciais e um poderoso artifício, mas não são a única ferramenta. Precisamos também de distanciamento social, máscaras, higienização das mãos, ventilação, vigilância, rastreamento de possíveis infectados [“contact tracing”], isolamento e quarentena com apoio”, afirmou o diretor.
“Mas confusão, complacência e incongruência nas ações de saúde pública estão levando a mais contaminações e custando vidas”, completou.
Para a diretora de imunização da organização, Kate O’Brien, “potencializamos o efeito da vacina em toda a comunidade quando, além de avançar na imunização, reduzimos a transmissão, o que diminui a chance de termos variantes que possam escapar da imunidade proveniente das vacinas”.
Segundo a dirigente, “temos muito desejo de voltar a ter algo próximo a uma vida normal assim que mais pessoas são vacinadas, mas na verdade deveria ser o oposto. Este é o momento de estarmos mais alertas do que nunca, garantindo que a abertura não seja precipitada”.
Autoridades da OMS criticaram as medidas na Inglaterra, dizendo que a abertura pode ser precipitada, e que o nível de contaminação ainda é suficiente para se criar novas variantes. O governo britânico disse estar seguro de que a flexibilização possa seguir, mas pede moderação à população.
Grupo de pesquisadores do Imperial College, Universidade de Warwick e da London School of Hygiene & Tropical Medicine publicaram informe indicando a possibilidade de uma nova onda de mortes pela Covid devido a essa reabertura, mesmo que a vacinação siga em ritmo acelerado.
Nos Estados Unidos, onde a vacinação já passou dos 40% da população, os casos também estão em queda, mas ainda se encontram em nível elevado (64 mil novas infecções diárias, atrás apenas de Índia e Brasil). (informações com edição:folha.uol.com.br)

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