O Ministério da Saúde determinou hoje a suspensão da aplicação da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca/Oxford para gestantes e puérperas com comorbidades. A decisão vem um dia depois da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) fazer uma orientação neste sentido, o que já provocou hoje a interrupção da imunização desse grupo em vários estados e municípios. Segundo a pasta chefiada pelo ministro Marcelo Queiroga, a suspensão vale apenas para o imunizante que é envasado no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). O Ministério afirmou que a aplicação para gestantes e puérperas com comorbidades relacionadas à covid-19 deve seguir com as outras duas vacinas em aplicação no país: a CoronaVac e o imunizante da Pfizer/BioNTech
Os dois imunizantes, porém, não são os que estão mais à disposição no país atualmente. A produção da CoronaVac vem sofrendo atrasos por causa da dependência da importação de insumos da China. Por isso, a aplicação da primeira dose da vacina segue suspensa em grande parte do país. Já a vacina da Pfizer começou a ser distribuída na semana passada, mas apenas para as 26 capitais e o Distrito Federal. Até mesmo a segunda dose da AstraZeneca está suspensa para o grupo prioritário em questão. A coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunização), Franciele Francinato, disse que a decisão da interrupção momentânea foi tomada pela pasta por “cautela”. A declaração foi dada em entrevista coletiva realizada na sede do Ministério, em Brasília. A suspensão foi motivada pela morte de uma grávida no Rio de Janeiro por trombose, que recebeu o imunizante produzido pela Fiocruz que ela tinha recebido. O caso ainda está sendo investigado pelo Ministério da Saúde.
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