sexta-feira , 22 novembro 2024
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CPI da Covid: Tratamento precoce é discussão “delirante e esdrúxula”, diz infectologista Luana Araújo

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Nesta quinta-feira, 02, foi a vez da médica infectologista Luana Araújo prestar depoimento na CPI da Covid. A médica criticou o “tratamento precoce”. Luana Araújo disse que a discussão é “delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente”. “Todos nós somos a favor de uma terapia precoce que exista. Quando ela não existe, ela não pode se tornar uma política de saúde pública”, afirmou a médica.
Ao ser questionada pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), se conversou com o ministro Marcelo Queiroga sobre o tratamento precoce, Luana classificou a decisão como “delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente”.
“Quando eu disse que, um ano atrás, nós estávamos na vanguarda da estupidez mundial, eu, infelizmente, ainda mantenho isso em diversos aspectos, porque nós ainda estamos aqui discutindo uma coisa que não tem cabimento. É como se a gente estivesse escolhendo de qual borda da terra plana a gente vai pular”, declarou.
A medica defendeu a autonomia média, mas alegou que essa não é uma justificativa para fazer “experimentos” nos pacientes. Sobre a saída do cargo a médica disse, “não foi me dada nenhuma justificativa para minha saída. “O que me foi dito é que existe um período entre a criação da secretaria e um processo chamado ‘apostilamento de cargos’, que deveria ser feito para que minha nomeação fosse publicada em Diário Oficial.” Mesmo sem estar nomeada, Luana Araújo declarou aos senadores que já trabalhava com o Marcelo Queiroga.
“Minha nomeação estava programa para uma segunda-feira, não saiu. Ficou para uma terça-feira, não saiu. Quando chegou na quarta-feira, eu já tinha entendido o que tinha acontecido, já tinha entendido que aquilo não ia funcionar. E eu trabalhei normalmente na quarta-feira, até que na quarta-feira à noite eu fui chamada e fui comunicada de que, infelizmente, com pesar, minha nomeação não sairia”, afirmou.
Ela relatou que foi informada pelo próprio ministro Marcelo Queiroga de que não seria nomeada. “Ele me disse que meu nome não passaria pela Casa Civil”, relatou. “Ele disse que lamentava, mas que minha nomeação não sairia, que meu nome não teria sido aprovado.”

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