O deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou, nesta terça-feira (6/7), que a servidora Regina Célia Silva Oliveira, fiscal do contrato da vacina Covaxin no Ministério da Saúde, “mentiu muito” durante o depoimento prestado para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. O parlamentar é o autor da denúncia sobre a existência de possível corrupção no processo para a compra dos imunizantes. Miranda acompanhou, por meio da TV Senado, praticamente toda a oitiva da servidora comissionada que teria autorizado o andamento do processo, embora dois pontos divergentes terem ficado de fora do contrato: a quantidade de doses e a empresa responsável pela importação. Durante o depoimento, Regina Célia afirmou ter elaborado um relatório apontando as falhas do documento no mês de junho. O acordo com a empresa foi assinado em 25 de fevereiro.
E-mails – Mais cedo, o Metrópoles publicou a troca de e-mails entre Regina Célia e Emanuela Medrades, funcionária da Precisa Medicamentos. Nas trocas de mensagens, a servidora do ministério é informada sobre a ausência das informações, mas responde à empresa interessada que “autoriza” a prosseguimento da negociação, com a promessa de que os pontos não incluídos no contrato fossem sanados futuramente por meio de declarações.
O rito foi considerado incomum por senadores da CPI e corrobora com a denúncia apresentada pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão Luis Ricardo de Miranda, que é concursado do ministério. Aos parlamentares, a servidora negou ter autorizado o andamento do processo.
A empresa responsável, no caso, seria a Madison Biotech, sediada no paraíso fiscal de Cingapura e que receberia um montante milionário em dólares antes mesmo da entrega das doses (veja abaixo). O contrato não se concretizou e foi suspenso pelo ministro Marcelo Queiroga após denúncias.
Deixe um comentário