domingo , 15 junho 2025
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Bolsonaro retrata um país que não existe, mente sobre inflação, meio ambiente e economia durante discurso na ONU

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Em discurso nesta terça-feira (21) na abertura da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o presidente Jair Bolsonaro usou dados distorcidos para exaltar a política ambiental e o desempenho da economia brasileira durante o seu governo e defendeu a adoção do chamado tratamento precoce contra a Covid-19, cuja ineficácia é cientificamente comprovada.
se posicionou contra o chamado passaporte sanitário, que confere benefícios às pessoas que tenham se vacinado contra a Covid-19;
afirmou que não há corrupção no governo;
citou dados fora de contexto para dizer que o desmatamento na Amazônia diminuiu;
disse que as manifestações de 7 de Setembro foram “as maiores da história”, o que não corresponde à verdade ;
disse que o desempenho econômico do Brasil neste ano é um dos melhores entre os países emergentes.
Primeiro chefe de Estado a discursar, Bolsonaro disse não entender por qual motivo “muitos países, juntamente com grande parte da mídia”, se opõem ao tratamento precoce contra a doença.
“Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina. Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso ‘off-label’ [fora do que prevê a bula]. Não entendemos por que muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”, disse Bolsonaro.
Vacinação – Bolsonaro também disse defender a vacinação contra a Covid-19 e afirmou que, até novembro, todos os brasileiros que quiserem poderão se imunizar. Entretanto, ele se posicionou contra restrições adotadas por países contra pessoas que se recusam a tomar a vacina. “Até novembro, todos que escolheram ser vacinados no Brasil serão atendidos. Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina”, disse Bolsonaro.
Essa é a terceira vez que Bolsonaro discursa como presidente do Brasil — o representante do país é encarregado de abrir oficialmente a fala dos presidentes mundiais desde 1947.

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