Após dois dias do naufrágio de um barco-hotel no rio Paraguai, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, o corpo da última vítima foi localizado neste domingo (17) . Ao g1, bombeiros que participaram do resgate informaram sobre as dificuldades que tiveram para acessar ao local onde a vítima estava. No total, 14 pessoas conseguiram se salvar e sete morreram.
O corpo do último desaparecido foi encontrado, no início da tarde deste domingo, próximo às ferragens do barco, que era de difícil acesso. A última vítima foi identificada como Fernando Rodrigues Leão, de 49 anos.
O capitão Teixeira, que participou da operação, relatou sobre os problemas encontrados durante o resgate. “Já obtivemos êxito na localização e recuperação. Encontramos dificuldades devido ao próprio cenário. Para localizar a última vítima, os problemas são a água muito correnteza e o barco possui muitos compartimentos”.
Com auxílio da Marinha e de oficiais de Corumbá, as buscas foram intensas, desde sexta-feira, dia em que o barco naufragou. Pelo menos 12 mergulhadores e especialistas na área foram enviados de Campo Grande para a região.
Segundo a Marinha, no momento do acidente, os ventos chegaram a 45 km/h. O barco, conhecido na região como barco de esporte e recreio, afundou em trecho do Rio Paraguai, a cerca de 10 km de Corumbá.
De acordo com a Polícia Civil, 12 homens – entre parentes e amigos – estavam no Pantanal desde o dia 9 de outubro. Eles contrataram a embarcação no Porto Limoeiro e saíram para pescaria, com mais nove tripulantes, em direção ao Paraguai Mirim, região do Castelo, e depois para o Bonfim, onde permaneceram boa parte do tempo.
Quando se aproximavam da cidade de Corumbá e no momento que faziam um churrasco, os ventos ficaram fortes e a embarcação virou. Outros 17 municípios de Mato Grosso do Sul também foram atingidos por temporal.
Quando o barco virou, 14 pessoas conseguiram nadar e foram resgatadas por um navio do Exército Brasileiro que passava por lá no momento.
Entre as vítimas, cinco são de Rio Verde de Goiás (GO), que é a família de Geovanne. Outra de São José do Rio Preto (SP). A maioria delas foi encontrada morta na manhã deste sábado (16).
Entre as vítimas, o comandante do barco, Vitor Celestino Francelino, de 64 anos. Ele comandava a embarcação há cerca de 20 anos. Era funcionário do grupo que pescava, o qual mantinha o veículo em Corumbá há 25 anos.
“Deu uma chacoalhada no barco. Dois segundos depois virou igual filme, aquela coisa de balançar”, resume o médico-urologista Geovanne Furtado Souza, um dos sobreviventes ao naufrágio de um barco-hotel, ocorrido durante um vendaval na tarde dessa sexta-feira (15), no rio Paraguai, Pantanal de Mato Grosso do Sul. Sete, das 21 pessoas a bordo, morreram.
Geovanne, o pai dele, Geraldo Alves de Souza, de 78 anos; o tio Olímpio Alves de Souza, de 71; o sobrinho e afilhado, Thiago Souza Gomes, de 18 anos, e o cunhado Fernando Gomes de Oliveira, de 49 anos, pescavam no Pantanal com mais seis pessoas desde o dia 9. (As informações são do G1)
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