O ex-ministro da Justiça Sergio Moro deve ter sua filiação ao Podemos sacramentada em 10 de novembro. A legenda prepara uma solenidade, que deverá acontecer em Brasília, São Paulo e Curitiba. Porém a pretensão do ex-juiz da Operação Lava-Jato não está clara — não se sabe se ele é pré-candidato à Presidência da República, conforme destacam as pesquisas de opinião, ou se tentará uma cadeira no Poder Legislativo.
Oficialmente, o assunto ainda é tratado com reserva por Moro e pelo Podemos, pois ele tem contrato de consultoria com o escritório Alvarez & Marsal, de gerenciamento e compliance de empresas, ainda em vigência. Mas a relação profissional termina no fim deste mês, o que significa que seu movimento político poderá ser explicitado.
O Podemos deseja que ele lidere o projeto eleitoral de terceira via contra o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas Moro também tem no radar a possibilidade de concorrer a uma vaga no Senado, caso não deseje entrar na disputa pelo Planalto. Nesse caso, ele poderia se candidatar pelo Paraná ou por São Paulo.
Na avaliação do cientista político Leonardo Queiroz Leite, doutor em administração pública e governo pela Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), o ex-ministro não se ajuda muito como candidato. “Moro tem dado sinais contraditórios sobre a sua candidatura. Não assume para dizer que é candidato, mas também não nega”, observa, dando a entender que, caso decida entrar na corrida ao Planalto, terá dificuldades em construir coligações.
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