sexta-feira , 22 novembro 2024
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“Se viciaram em dinheiro público”, afirma Roberto Jefferson sobre Bolsonaro e Flávio

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O presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson, afirmou, em carta escrita diretamente da prisão do Bangu, que o presidente Jair Bolsonaro e o filho, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota), se viciaram em dinheiro público. Em referência à união com o Centrão e uma possível ida do chefe do Executivo para PP ou PL, Bob, como é conhecido, citou os presidentes dos dois partidos, Ciro Nogueira e Valdemar da Costa Neto, respectivamente, e disse que o presidente “anda com os lobos” e que se tornou um deles.
O PTB realizou mudança estatutária alinhada com a ideologia de Bolsonaro, expulsou contrários, ofereceu indicação de senadores e escancarou as portas do partido na esperança de receber o presidente.
“O presidente tentou uma convivência impossível entre o bem e o mal. Acreditou nas facilidades do dinheiro público. Esse vício é pior que o vício em êxtase. Quem faz sexo com êxtase tem o maior orgasmo ou ejaculação que o corpo humano de Deus pode proporcionar. Gozou com êxtase, para sempre dependente dele. Desfrutou do prazer decorrente do dinheiro público, ganho com facilidade, nunca mais se abdica desse gozo paroxístico que ele proporciona. Bolsonaro cercou-se com viciados em êxtase com dinheiro público; Farias, Valdemar, Ciro Nogueira, não voltará aos trilhos da austeridade de comportamento. Quem anda com lobo, lobo vira, lobo é. Vide Flávio”, escreveu em um trecho de uma carta publicada pelo jornal O Globo.
Em outra parte da carta, Jefferson diz ainda que o PTB deve ter candidatura própria nas eleições de 2022 e orientou lideranças do partido a convidarem o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) para disputar a Presidência da República contra Bolsonaro.
“Vamos convidar o Mourão. O PTB terá candidatura própria, quem sabe apoiamos o Bolsonaro no segundo turno”, apontou.
Ontem, Bolsonaro comentou sobre uma futura filiação partidária. O chefe do Executivo afirmou que “ainda é cedo para falar em reeleição”, mas que está mais próximo do PP ou do PL.
“Não penso em política, senão eu não trabalho. Começa a agradar um ou outro e não trabalho. Tenho que ter um partido de qualquer maneira. Não sei se vou disputar reeleição ou não. Está cedo ainda. Hoje em dia, está mais para o PP ou PL. Me dou muito bem nos dois partidos. Fiquei no PP uns 20 anos. A decisão passa por aí. Agora, converso com as lideranças desses partidos que eu tenho interesse caso dispute a reeleição. Tenho uma bancada de federais que não vai ser minha, vai ser daquele partido. Tenho interesse de indicar metade das cadeiras do Senado, pessoas perfeitamente alinhadas conosco que vão ter uma posição conservadora, a quem interessa o destino do país”, apontou na data.

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