Prefeitos de 21 capitais já anunciaram que não realizarão eventos de réveillon. O temor com a nova variante Ômicron e a incerteza sobre o cenário epidemiológico até o fim do mês motivaram prefeituras que haviam programado a festa a rever a decisão e reforçou a determinação dos municípios que já não planejavam uma celebração.
Na maioria dos casos, no entanto, os anúncios não foram acompanhados de novas medidas restritivas, e festas particulares continuam permitidas, geralmente com exigência de comprovação da vacina. Especialistas destacam que o cenário, hoje, favoreceria os eventos de virada do ano, mas avaliam que o cenário internacional justifica a prudência e os cancelamentos.
A prefeitura de São Paulo confirmou ontem o cancelamento da festa de réveillon na Avenida Paulista, depois que o governo do estado confirmou ontem o terceiro caso da nova cepa do coronavírus em um paciente no Brasil: um homem de 29 anos que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos no sábado vindo da Etiópia.
Para Tânia Vergara, presidente da Sociedade de Infectologia do Rio de Janeiro, o cancelamento do réveillon seria a medida adequada, assim como a manutenção da cobrança da máscara, inclusive em locais abertos, e do passaporte da vacina. “Dispensar máscaras em locais abertos sem aglomeração não seria problema, mas é complicado esperar que a população vá ter o discernimento de andar sem máscara no parque e depois colocá-la quando entrar numa loja ou transporte”, explicou Tânia, que destacou que o final de dezembro pode ser a época do auge da circulação da variante Ômicron no país.Para a infectologista, “já passou o momento” de controlar fronteiras por causa da nova variante. Tânia diz que importa mais haver oferta de testes e cobrança de vacinação.
Em duas capitais do Nordeste, a suspensão não foi estendida para eventos particulares. Em Pernambuco, um decreto aumentou de 5 mil para 7,5 mil o público máximo de festas privadas. Em Fortaleza, os limites serão de 2,5 mil em ambientes fechados e de 5 mil em espaços abertos.
O governo do Piauí adotou medidas mais restritivas para eventos particulares. Um decreto proibiu shows em casas fechadas com público nas pistas de dança ou em pé. E eventos públicos só podem ocupar metade da capacidade do espaço.
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