Em um evento virtual realizado na segunda-feira 13, pelo Derrubando Muros, grupo que reúne economistas,
empresários, educadores, banqueiros e intelectuais de centro, o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) se apresentou
como um pré-candidato com “viés liberal” na economia e disse “ter dúvidas” se o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vão aceitar participar de debates com ele na campanha presidencial do
ano que vem.
“Tem que ver se vai ter debate. Eu me disponho a ir, mas tenho dúvidas se o ex e o atual presidente vão se dispor a ir
nessa arena”, disse.
Em uma tentativa de se contrapor aos dois líderes das pesquisas de intenção de voto, o ex-juiz disse que Bolsonaro
“flerta com o autoritarismo” e tem um “projeto pessoal e familiar de poder”, enquanto Lula representa o governo que
deixou “os dois maiores escândalos de corrupção da história”.
Em outra passagem, Moro, que falou dos Estados Unidos, deu sua versão sobre sua decisão de entrar na política. “Se
tivesse um candidato competitivo de centro contra os dois, eu provavelmente ficaria no setor privado”, afirmou.
Apesar do tom duro, o pré-candidato do Podemos disse que não pretende adotar uma postura agressiva na campanha e
admitiu que vai ser questionado sobre suas decisões na Lava Jato e no governo Bolsonaro, que integrou como ministro.
“Essa campanha vai ter um componente sobre o passado. Algumas pessoas são críticas em relação à algumas decisões
que eu tomei, mas tenho tranquilidade, tanto no caso da Lava Jato como no Governo. Às vezes foram decisões difíceis,
mas estou pronto para defendê-las
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