Ao menos dez pessoas morreram e 30 ficaram feridas no sábado (8/1) após um acidente envolvendo lanchas entre os cânions na represa de Furnas, em Capitólio, Minas Gerais. Duas pessoas permaneciam desaparecidas até o fim da manhã deste domingo (9/1), mas foram localizadas pelo Corpo de Bombeiros.
Os três últimos corpos foram encontrados durante buscas na região do acidente neste domingo. O trabalho de resgate havia sido suspenso na noite de sábado, por segurança da equipe.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, mais de 50 militares foram encaminhados para a área de busca, entre eles 11 mergulhadores especializados em resgates e que são familiarizados com a área.
Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML). Uma das dificuldades encontradas para o reconhecimento deles, segundo a equipe que acompanha o caso, foi a gravidade das lesões nos corpos das vítimas.
Neste domingo, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que os corpos das vítimas já foram identificados de modo informal, por meio de alguma característica relatada por entes queridos.
Segundo o delegado regional da Polícia Civil de Passos, Marcos Pimenta, somente um corpo foi reconhecido formalmente por enquanto e foi liberado para os familiares. Conforme a Polícia Civil, trata-se de Júlio Borges Antunes, de 68 anos. Ele era natural de Alpinópolis (MG) e foi enterrado neste domingo.
De acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o tenente Pedro Aihara, quatro embarcações foram atingidas pelo rolamento e queda de estruturas rochosas. Duas dessas lanchas sofreram impacto direto e afundaram após o acidente.
Os oito mortos no acidente e os dois desaparecidos, segundo o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil, estavam em uma lancha chamada “Jesus”. Conforme o delegado, essas pessoas estavam hospedadas em uma pousada em São José da Barra, em Minas Gerais.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, outras três lanchas foram atingidas, sendo duas delas indiretamente, e os ocupantes delas foram resgatados com vida, pouco após o acidente. Alguns deles estavam com ferimentos.
Segundo os bombeiros, 23 pessoas receberam atendimento médico na Santa Casa de Capitólio após o acidente e foram liberadas. Outras duas foram internadas na Santa Casa de Pimhui, com fraturas expostas.
Três pessoas receberam atendimento na Santa Casa de Passos, mas não há informações sobre o estado de saúde delas. Quatro vítimas foram levadas para a Santa Casa de São João da Barra com ferimentos leves.
Outras sete pessoas eram procuradas pelos bombeiros, mas foram encontradas após contato por telefone.
“Muitas pessoas foram socorridas por embarcações que estavam na região e foram levadas por meios próprios para unidades hospitalares”, informou a corporação por meio de nota.
A operação em busca dos desaparecidos inclui, além do Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Defesa Civil e a Marinha.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que abriu um inquérito para apurar a motivação do acidente. Testemunhas deverão ser ouvidas e geólogos deverão prestar apoio à apuração para identificar as possíveis causas da queda da rocha.
A Marinha também informou que abrirá um inquérito sobre o caso.
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