Deysivânia Costa do Rego de Paulo, a mulher de 36 anos que foi atingida e dilacerada por uma lancha depois de pular no Lago Paranoá para salvar o filho que havia caído na água, passava férias com a família em Brasília. Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), além do braço decepado, ela teve lesões graves na região do abdômen. A 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) investiga os fatos. O condutor da lancha foi ouvido e o caso é tratado, por enquanto, como culposo, quando não há intenção de matar.
O acidente ocorreu no sábado (29/1). Segundo os investigadores, durante uma manobra para ancorar a embarcação, uma criança caiu na água e a mulher, que era mãe do menino, teria mergulhado para resgatá-lo. A criança foi retirada da água, mas, a mãe, segundo informações preliminares, foi atingida pelo propulsor da lancha. Os militares do Corpo de Bombeiros contam que a situação era crítica e ela foi encontrada a cerca de 60 metros da margem do lago. “Segundo pessoas que estavam na embarcação, o condutor da lancha fez uma manobra para posicionar a embarcação. Neste momento, a lancha fez uma movimentação brusca e as pessoas foram projetadas para fora e a embarcação deu uma ré, momento em que feriu a vítima”, diz o Tenente Marcelo de Abreu do Corpo de Bombeiros.
Tudo isso ocorreu em uma área em frente ao Pontão do Lago Sul. A mulher caiu de uma lancha e teve o braço decepado pela embarcação. Ela foi retirada da água com o braço direito amputado, com as vísceras para fora, estava inconsciente, foi intubada e levada ao Hospital de Base em estado crítico. Por volta das 2h da madrugada deste domingo, ela não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.
“Fomos acionados para atender vítimas de afogamento. Chegando no local, se depararam com a senhora gravemente ferida. De imediato, ela foi levada às margens do lago a fim de ser atendida e ter as hemorragias e vísceras contidas”, detalha o tenente. O militar conta que a corporação ficou por cerca de três horas procurando o braço da mulher, porém, não obtiveram êxito. “Não descartamos a possibilidade desse membro ter sido triturado pelas hélices da embarcação”, completa Abreu. O militar ressalta a importância do uso de equipamentos de proteção durante passeios no lago. “Coletes salva-vidas, por exemplo, evitam afogamentos e outros tipos de acidentes e é um item que as pessoas, pelo menos em Brasília, não têm o costume de usar”, diz. O tenente informou que não é possível confirmar se Deysivânia e os outros integrantes da lancha usavam colete ou não. (fonte:www.correiobraziliense.com.br)
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