
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou, nesta sexta-feira (11), que a corte investigue os gastos públicos da viagem oficial do secretário especial de Cultura do governo federal, Mario Frias, a Nova York. A viagem ocorreu entre os dias 15 e 18 de dezembro de 2021 e custou R$ 39 mil aos cofres públicos, de acordo com o Portal da Transparência. A representação, encaminhada pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado, classificou como “extravagante” a viagem de Frias. Rocha também acusa o secretário de ferir o princípio da “moralidade administrativa”.
“A situação aqui narrada constitui, a toda evidência, desrespeito ao zelo, parcimônia, eficiência e economicidade que sempre devem orientar os gastos públicos e impõe, sem dúvida, a intervenção dessa Corte de Contas. A verdadeira extravagância ora denunciada resulta, sobretudo, em afronta ao princípio da moralidade administrativa, previsto expressamente no caput do artigo 37 da Constituição.”, escreveu o procurador.
Além de Mario Frias, o secretário especial adjunto da Cultura, Hélio Ferraz, também esteve na viagem. Ao todo, a ida de ambos aos Estados Unidos custou R$ 78,2 mil aos cofres públicos. A viagem, de acordo com o Portal da Transparência, teve o objetivo de discutir um projeto de audiovisual com o empresário Bruno Garcia e com o lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie. Os valores incluem passagens de ida e volta, diárias, seguro e reembolso de dois testes de covid-19 do tipo RT-PCR. Procurada pelo Congresso em Foco, a Secretaria Especial da Cultura não se posicionou sobre o assunto. O espaço segue aberto.
Críticas – Em conta oficial, o secretário de cultura criticou as reportagens sobre a viagem aos EUA. “É impressionante a falta de ética de alguns jornalistas, os quais ignoram as mais comezinhas condutas retas que deveriam pautar a atividade de comunicação”. O empresário Bruno Garcia, que esteve reunido com Mario Frias também se manifestou e saiu em defesa do secretário. Nas redes sociais, Garcia disse que foi “testemunha ocular” da conduta de Frias. “Não conheço a fundo o Mário Frias, meu contato, assim como da minha equipe foi de 2 dias… mas tem meu respeito pela forma como vimos seu agir, em agenda oficial na cidade.” (As informações são do Congresso em Foco)
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