O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) descobriu despesa de R$2.798.293,23 nos meses de janeiro e fevereiro com o cartão corporativo da presidência. O maior volume, R$1,8 milhão, foi de gastos diretos do presidente Jair Bolsonaro. Do restante, R$696,6 mil são referentes à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e R$216,9 mil dizem respeito ao Gabinete de Segurança Institucional. Os dados são do Portal da Transparência. “É preciso acabar com essa farra com o cartão corporativo! O presidente torra milhões e coloca tudo em sigilo. A sociedade tem o direito de saber como está sendo gasto o dinheiro público”, afirma Elias Vaz.
No início de fevereiro, Elias Vaz apresentou petição solicitando ao novo relator do caso no Tribunal de Contas da União, ministro Antonio Anastasia, mais agilidade na conclusão de auditoria, solicitada pelo parlamentar, nos gastos do cartão corporativo do presidente Jair Bolsonaro. O deputado também cobra acesso à auditoria.
Histórico
Elias Vaz é autor da PFC aprovada pela Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara Federal. No TCU, o ministro Raimundo Carreiro foi nomeador relator do caso. No decorrer do processo, ele recebeu indicação de Bolsonaro para assumir a embaixada do Brasil em Portugal.
O deputado Elias Vaz pediu a suspeição do ministro para continuar à frente da auditoria sobre o cartão corporativo. No entanto, Carreiro chegou a incluir o caso na pauta, que seria sigilosa, no dia 1 de dezembro do ano passado, mas depois acabou voltando atrás e retirando o processo da ordem do dia. O processo está parado desde então.
Carreiro acabou mesmo assumindo a embaixada e abriu espaço para o ex-senador e ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia. O novo ministro assumiu no dia 3 de fevereiro e passou a ser o relator da auditoria do cartão corporativo.
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