O vereador Gabriel Monteiro (PL) foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro na última quinta-feira, 7, que investiga o vazamento de um vídeo em que ele aparece tendo relações sexuais com uma menina menor de idade. O vídeo viralizou nas redes sociais. A Justiça fluminense determinou que o Twitter retire a filmagem do ar. Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao vereador. Os agentes estiveram na mansão de Gabriel Monteiro, que é também youtuber e tem milhões de seguidores. Na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o gabinete do parlamentar chegou a ser arrombado pelos agentes e depois foi lacrado. Mais tarde, os funcionários do gabinete voltaram para trabalhar normalmente, mas sem porta. Os agentes da polícia tiveram também endereços de assessores e ex-funcionários de Monteiro. Foram apreendidos armamentos, computadores e celulares que vão ser periciados.
Monteiro vem sendo acusado de vários crimes por pessoas próximas: exploração sexual, agressões, violência física e psicológica. Segundo assessores e ex-servidores, Monteiro gostava de festas com menores de idade, orgias, especialmente com adolescentes. Depois ele distribuía e compartilhava as gravações como se fossem troféus. O vereador nega todas as acusações. Sobre o vídeo vazado com cenas pornográficas, Monteiro disse que não vê nenhuma ilegalidade. “Já foi divulgado na imprensa o depoimento dela. Não existe nenhuma ilegalidade. O doutor [advogado de defesa] pode falar melhor do que eu, o delegado pode falar melhor do que eu, não existe nada forçado, não existe nenhuma ilegalidade nem para o ECA e nem no Código Penal”, disse o vereador em entrevista coletiva.
Gabriel Monteiro esteve na delegacia que investiga o vazamento do vídeo íntimo, acompanhando o trabalho da polícia. Depois foi para a Câmara Municipal do Rio, onde fez um discurso inflamado, se defendendo das acusações. O delegado do caso, Luiz Armon, pretende ouvir o vereador formalmente na semana que vem. Na Câmara foi aberto um processo nesta semana que pode resultar na cassação do parlamentar. O vereador Luiz Ramos Filho (PMN), que é membro do Conselho de Ética da Casa, acredita que as investigações da polícia podem auxiliar o grupo. “Da mesma forma que foi no caso Henry Borel, o inquérito só vem a corroborar, através de provas, depoimentos, testemunhas que possam embasar e fundamentar um relatório, que será orientador ao plenário, que será o julgador dessa ação, se vai ou não realmente cassar o mandato do vereador Gabriel Monteiro”, disse Ramos Filho.
Segundo Estatuto da Criança e do Adolescente, só o fato de produzir e arquivar cenas de exploração sexual de menores de idade já configura crime com pena prevista de até quatro anos de reclusão. Na próxima terça-feira, 12, o Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro vai se reunir para escolher o vereador que vai relatar o caso na Casa. A expectativa é que o fim do processo aconteça em um prazo de até 90 dias. (fonte:jovempan.com.br)
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