Leitura do manifesto reuniu milhares de pessoas no Largo do São Francisco. Documento já tem mais de 950 mil assinaturas
Nem mesmo a chuva que caia na manhã desta quarta-feira (11/08) impediu que milhares de pessoas se reunissem no Largo de São Francisco, região central da capital paulista, para acompanhar, por meio de telões, a leitura da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito”, documento organizado por juristas da Faculdade de Direito da Universidade Estadual de São Paulo (USP). Até o início do evento, a carta de 2022 já tinha reunido mais de 950 mil assinaturas.
No Pátio das Arcadas, dentro da universidade, 1.200 convidados, entre eles jornalistas de pelo menos 200 veículos nacionais e internacionais, intelectuais, juristas, sindicalistas, artistas, professores, estudantes e empresários presenciaram o ato pró-democracia, que teve como inspiração o manifesto de 1977, elaborado no mesmo local e lido em 11 de agosto daquele ano.
Se há 45 anos a motivação foi derrubar a ditadura militar, denunciando a ilegitimidade do regime, a edição atual busca frear arroubos golpistas, convocando brasileiros e brasileiras a “ficarem alertas na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições”.
A carta diz ainda que “no Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições”.
Oscar Vilhena Vieira, advogado e organizador do ato, disse que todos os segmentos da sociedade estavam representados pelo movimento e destacou a presença das centrais sindicais. “Nesta sala, temos hoje cerca de 800 pessoas. Mas estão aqui representados nada menos que 60 milhões de trabalhadores, pelas centrais sindicais que aderiram a esse manifesto”, discursou.
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