Conseguir guardar um dinheirinho e usar esse recurso para realizar um sonho é uma das melhores sensações da vida. A administradora Poliana Passos, 38, teve esse privilégio, graças ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Foi com a reserva do Fundo que ela e o esposo compraram a casa própria. Criado em 13 de setembro de 1966, o FGTS completou 56 anos nessa terça-feira (13).
O Fundo tem sido fonte de segurança financeira ao trabalhador brasileiro para investimento em áreas prioritárias, como a de interesse social, saneamento básico, infraestrutura, microcrédito e saúde. Neste ano, o valor de R$ 13,2 bilhões foi distribuído nas contas de FGTS de 106,7 milhões de trabalhadores, e possibilitou uma rentabilidade de 5,83% no exercício, índice superior à correção da poupança e ao CDI no período.
Poliana conta que, sem o FGTS, a compra do imóvel seria dificultada, principalmente, pela necessidade de assumir uma dívida alta em prestações. Com o saldo do fundo e mais alguns investimentos, ela comprou o imóvel à vista. “É uma segurança que nós temos, né, saber que podemos contar com aquele dinheiro futuramente, no caso de uma demissão, uma doença grave, em um momento de dificuldade como esses, é uma segurança para o trabalhador”, afirma.
Segundo o vice-presidente agente operador da CAIXA, Edilson Carrogi, o FGTS foi criado com duplo propósito: o primeiro, constituir uma garantia, um pecúlio, um patrimônio para o trabalhador brasileiro, que vai sendo acumulado durante todo o período laboral. Além da reserva financeira individual, os recursos do Fundo são aplicados em setores fundamentais para o país.
“O FGTS é um tesouro da sociedade brasileira porque ele alcança os trabalhadores que têm carteira assinada, que têm registro formal de trabalho mas também toda a sociedade, mesmo aqueles que não têm carteira assinada, na medida em que o FGTS é aplicado em tantas áreas prioritárias para investimento no desenvolvimento social do país e com isso toda sociedade sai ganhando”, complementa.
Como funciona o FGTS?
A Caixa Econômica Federal é o banco operador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço desde a publicação da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. Durante o período de atividade, o empregador deposita, mensalmente, 8% da remuneração devida numa conta de FGTS na CAIXA, em nome do empregado. Atualmente, há 23 hipóteses de saque do FGTS, e as principais são o saque por rescisão, calamidade pública, aposentadoria, moradia própria e o saque aniversário.
Mais praticidade
O saque do FGTS pode ser 100% digital, sem precisar ir a uma Agência CAIXA. Basta acessar o aplicativo do Fundo para consultar os valores já liberados e solicitar o saque, indicando uma conta bancária de sua titularidade em qualquer instituição financeira para receber o crédito. Os trabalhadores que desejarem ainda podem solicitar o Saque Extraordinário do FGTS, de até R$ 1 mil, até o dia 15 de dezembro de 2022.
Fonte: Brasil 61
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