Em conversa com jornalistas na noite desta quinta-feira (15/09), em Montes Claros (MG), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou da violência política que tomou conta do país com o governo Bolsonaro. E orientou a militância a não reagir, não entrar em embates e disse que o Brasil precisa de paz.
“Nunca vi violência como temos visto hoje no Brasil. Nunca vi o ódio estabelecido em praças públicas, dentro das famílias, pessoas que não conversam mais. Isso não existia”, disse ele, lembrando da relação civilizada que sempre teve em disputas anteriores, com troca respeitosa e democrática entre adversários. E lamentou o fato de aquela realidade não existir mais. “Isso acabou porque os milicianos pensam que vão tomar conta deste país”, afirmou.
Lula disse que os milicianos representados no poder são intolerantes e não gostam de nada do que deveriam gostar. “Eles não gostam de democracia, não gostam de respeito, não respeitam mulher, não respeitam quilombola, não respeitam indígena”, afirmou.
Lula também criticou a preferência do presidente Jair Bolsonaro de facilitar a venda de armas, em vez de apostar na educação. “No meu tempo, a gente distribuía 16 milhões de livros didáticos no ensino médio. No meu tempo o Ministério da Educação era o maior comprador de livro do mundo, porque é isso que a gente tem que distribuir. É isso que a gente tem que fomentar: é o acesso à cultura, acesso à educação, acesso ao livro”.
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