Na terça-feira (13), veio a óbito um dos diretores cinematográficos mais conhecidos do mundo, o francês Jean-Luc Godard, aos 91 anos de idade, ele teve ligação direta à Nova Onda, que revolucionou o cenário das grandes produções, trazendo mais dinamismo e questões existenciais. Seus longas mais conhecidos são “Acossado” e “O Desprezo”, ambos da década de 60.
A questão que mais chamou atenção em torno do falecimento, foi a causa: Jean-Luc optou por ter um suicídio assistido. Apesar do nome causar dúvida, o procedimento acontece com a presença de um médico, que auxilia o paciente. Estes casos normalmente ocorrem com pessoas em estado terminal, mas em alguns países como a Bélgica, a ação pode ser liberada para a população em geral. Muitas vezes, pode ser confundido com a eutanásia.
Qual a diferença entre suicídio assistido e a eutanásia?
O Dr. Higor Caldato, médico psiquiatra especialista em psicoterapias e transtornos alimentares, explica que apesar do mesmo objetivo, ambas práticas são realizadas por meios e influências diferentes. No suicídio assistido, a equipe médica disponibiliza para a pessoa as medicações e sedações para que ela própria faça o processo, enquanto a eutanásia é realizada integralmente pelos médicos. Há ainda a diferença de que em alguns casos de eutanásia, o paciente não tem como opinar, como em casos de coma ou estado vegetativo. Por fim, as motivações podem ser contrárias, sendo de fatores físicos, mentais, ou ambos.
No Brasil, tanto o suicídio assistido quanto a eutanásia são considerados ilegais. Por aqui, os esforços estão direcionados à prevenção ao suicídio relacionados aos transtornos mentais. Especialmente, através do “Setembro Amarelo”, mês dedicado à intensificação de campanhas psicoeducativas de saúde mental e de valorização à vida.
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