Em entrevista à Rede Nova Brasil FM, na manhã desta terça-feira (25/10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a reconstrução do Brasil, que hoje está totalmente isolado do mundo, passa também pela retomada das relações com os demais países, numa política internacional que deve ser ativa e altiva.
“O Brasil tem que se abrir, negociar com a União Europeia, negociar com a América Latina e a América do Sul. O Brasil precisa ser respeitado pelos Estados Unidos e, ao mesmo tempo, ser respeitado pela Bolívia. Não queremos falar fino com os Estados unidos e não falar grosso com a Bolívia. Nós queremos falar em igualdade de condições com o pequeno e com o grande”, disse, sinalizando também possibilidade de parcerias estratégicas com países como Estados Unidos e China e criticando o fato de hoje o presidente Jair Bolsonaro não conversar com ninguém.
Economia efetivamente grande – Lula afirmou que é preciso pensar no Brasil do futuro, com economia efetivamente grande para que o país possa disputar internacionalmente na produção e na comercialização de seus produtos. “E aí vamos ter que fazer muito investimento em educação, muito investimento em ciência e tecnologia, investimento em engenharia. Investir na engenharia digital para o Brasil ser competitivo. A gente não pode ficar nas mãos da briga entre Estados Unidos e China. O Brasil tem que entrar nessa disputa como país grande”.
Segundo o ex-presidente, nas relações com os demais países, independentemente dos seus contextos políticos, o que guiará o Brasil, enquanto Estado soberano, é o interesse estratégico. “O Brasil respeita a autodeterminação dos povos. Não queremos que ninguém se meta na nossa política nem queremos nos meter na política de ninguém. O que a gente quer é defender os interesses do Brasil”.
Brasil voltar a sorrir – Lula declarou ser possível dar um salto de qualidade e fazer o Brasil voltar a sorrir. Ele falou em montar equipe diversificada, com pessoas de todas as forças políticas, com conhecimento da máquina pública e que tenha no coração e na cabeça a mentalidade da inclusão social. “É isso que conta. Precisamos tirar o Brasil do atraso a que foi submetido”.
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