O ministro das Comunicações, Fábio Faria, admitiu nesta sexta-feira (28/10) estar “profundamente arrependido” de ter dado a entrevista coletiva, ao lado de Fabio Wajngarten, para denunciar um suposto boicote nas inserções de propagandas eleitorais em rádios à campanha de Jair Bolsonaro (PL). Fábio é um dos coordenadores da campanha do presidente da República.
O arrependimento do ministro se deve à proporção que o assunto tomou, principalmente após aliados de Bolsonaro passarem a defender o adiamento do segundo turno das eleições, marcado para o próximo domingo (30).
“Me arrependi profundamente de ter participado daquela coletiva. Se eu soubesse que iria escalar, eu não teria entrado no assunto”, disse o ministro. “Eu fiquei imediatamente contra tudo isso de adiar as eleições. Fui o primeiro a repudiar até porque prejudicaria o presidente Bolsonaro”, acrescentou.
Fábio admitiu ainda que a falha no caso das inserções foi do próprio PL, que percebeu o problema tardiamente. Segundo ele, a convocação da coletiva foi uma tentativa de mediar um acordo entre o Tribunal Superior Eleitoral e a campanha.
“A falha era do partido, que percebeu o problema tardiamente, e não do TSE. Como havia pouco tempo para o TSE fazer uma investigação mais aprofundada, eu iniciei um diálogo com o tribunal em torno do assunto [inserções].”
Eleito deputado federal em 2018, Fábio Faria não disputou as eleições de 2022 e permaneceu à frente do Ministério das Comunicações. Dentro do QG bolsonarista, Faria é uma das lideranças que possui bom trânsito com o poder Judiciário, mas a coletiva, seguida da proporção que o assunto tomou, desapontou ministros da corte eleitoral. Conforme apurou o Correio, contudo, o clima ruim entre os ministros — o palaciano e os do poder Judiciário — teria sido resolvido. (Com informações do Correio Brazilience)
Deixe um comentário