Um estudo escocês publicado na revista Nature Communications, com quase 100 mil participantes, reforça que a Covid longa pode deixar sequelas duradouras ou até mesmo permanentes em pessoas que se infectaram. Segundo a pesquisa, a cada 20 pessoas, uma não se recuperou totalmente entre seis e 18 meses após a infecção E 42% se recuperaram somente parcialmente.
Segundo a infectologista Ana Helena Germoglio, os sintomas a longo prazo dependem do tipo de acometimento da doença. “Pacientes que evoluem para a forma grave, tendem a ter sintomas pós-covid por mais tempo. Mesmo os pacientes que não têm a forma grave, podem evoluir com os sintomas a longo prazo. Por exemplo, inflamação cardíaca, alterações neurológicas, alteração de memória, trombos, vasculites. Qualquer órgão do nosso corpo pode ser afetado pela Covid, inclusive a pele”, avalia.
Morte pela nova cepa – Nesta primeira quinzena de novembro, o Brasil registrou a primeira morte pela nova cepa do coronavírus, a subvariante BQ.1, na cidade de São Paulo. A vítima era uma mulher de 72 anos que, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ficou sete dias internada e apresentava diversas comorbidades.
Essa subvariante carrega mutações em pontos importantes do vírus. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a BQ.1, desde o começo de outubro, foi detectada em 65 países.
O Ministério da Saúde vem reforçando a importância de se completar o ciclo vacinal contra a Covid-19. De acordo com a pasta, até agora mais de 100 milhões de brasileiros já tomaram a primeira dose de reforço. E mais de 35,5 milhões já se vacinaram com a segunda dose de reforço. As vacinas estão disponíveis nos mais de 48 mil postos de vacinação, em todo o Brasil.
“A gente insiste que a vacina é a mais eficaz, não somente para evitar a Covid longa, mas a partir do momento que evita casos graves, reduzia a chance do paciente ter a doença, obviamente não terá a Covid longa”, diz Ana Helena Germoglio. (Com informações do Brasil 61)
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