sábado , 23 novembro 2024
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COVID-19: governo federal compra 50 milhões de vacinas

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Especialistas no combate à Covid-19 são categóricos e destacam que a transmissão do vírus não acabou, de modo que todo cuidado é pouco. Entre as medidas protetivas indicadas por médicos infectologistas contra o avanço do coronavírus no Brasil está a vacinação. Diante disso, o governo federal anunciou a compra de 50 milhões de doses adicionais da vacina. 

Com o acordo firmado junto à farmacêutica Pfizer, o número total de doses chegará a 150 milhões. A entrega dos imunizantes ocorrerá no segundo trimestre de 2023, entre os meses de abril e junho. O novo contrato do Ministério da Saúde com a Pfizer estabelece que serão compradas vacinas bivalentes para pessoas acima de 12 anos, e doses monovalentes para as faixas etárias de 6 meses a 11 anos. 

Ainda segundo o acordo, a farmacêutica poderá entregar imunizantes adaptados a novas variantes que venham a ser aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para o médico infectologista, Julival Ribeiro, a vacina sempre é a melhor estratégia para se evitar casos mais graves da doença. “Quanto mais vacinas estiverem disponíveis para a população brasileira, melhor. Isso porque a vacina é a melhor estratégia para se evitar casos graves e mortes”, destaca o especialista. “O ministério também recebeu a vacina bivalente, que é muito importante, porque essa vacina vai nos dar proteção sobre as cepas do coronavírus que estão circulando aqui no Brasil”, esclarece o médico. 

Ainda de acordo com Ribeiro, por conta das festas de fim de ano, o aumento dos casos no país inteiro, nos últimos dias, torna o quadro preocupante, sobretudo com a aproximação do Carnaval. O especialista defende uma mobilização geral do governo em todas as esferas para alertar a população sobre a importância da vacina. 

“O que estamos observando, na realidade, é um aumento do número de casos no país inteiro e isso é preocupante. As cepas que estão circulando aqui no Brasil são altamente transmissíveis”, alerta. “O mais importante nesse momento, é, através de todas as mídias, o governo federal, estadual e distrital mostrarem a importância da vacina. Um estudo recente mostrou que a vacina é a melhor estratégia para quem quer evitar a infecção por covid-19, diminuindo ou até evitando o número de mortos”, observa. 

Cozinheira há 13 anos, Vanda Maria da Cruz, 53 anos, lamenta que houve um desleixo por conta da população em relação aos cuidados contra a doença. Segundo a profissional da cozinha, não adianta o governo fazer a parte dele se o povo não se cuidar adequadamente. “A população relaxou muito, até mesmo no uso de máscara. Quando a gente se protege, não é só contra a covid, mas de outras infecções também”, destaca. “Eu faço o uso de máscara constantemente, andando dentro do ônibus. Quando estou gripada evito contato com outras pessoas e, assim, a gente vai levando”, diz. 

De acordo com dados do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass), até o momento, mais de 36,3 milhões de pessoas já foram contaminadas em todo o país. Quase 694 mil foram a óbito. O Ministério da Saúde informa que, a partir de dados das Secretarias Estaduais de Saúde, mais de 182,4 milhões pessoas já foram vacinadas com a primeira dose, no Brasil. O número representa 84,91% da população total. Mais de 172, 4 milhões de pessoas receberam a segunda dose, ou seja, 80,27% da população. Outras 107 milhões, que correspondem a 50% dos brasileiros, já tomaram a dose de reforço. 

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