O ciclone Freddy, que devastou duas vezes a mesma região na África, pode se tornar o ciclone tropical mais longo já registrado, segundo informações da Organização Meteorológica Mundial (OMM) da ONU.
Tempestade devastadora deixou cerca de 270 mortos;
Ela atravessou todo o sul do Oceano Índico e viajou mais de 8 mil quilômetros;
Evento climático foi declarado oficialmente um ciclone em 6 de fevereiro, quando estava na Austrália;
Recorde anterior é do tufão John, que durou 31 dias em 1994.
Atualmente, ciclone Freddy parece estar se dissipando e o comitê da OMM vai analisar os dados somente após o término do evento.
Apesar da longa trajetória e atividade do evento, pode ser que ele não seja declarado o mais longo ciclone tropical por ter “oscilado” ao longo de seu périplo pelo Oceano Índico.
“Uma questão que abordaremos é o fato de que, ao longo de sua longa vida útil, a tempestade enfraqueceu periodicamente abaixo do status de tempestade tropical”, explica o professor Randall Cerveny, relator de climas e extremos climáticos da OMM. “Nossas avaliações são investigações científicas detalhadas, então elas levam tempo”, completou.
O que é um ciclone?
Sebastien Langlade, chefe de operações da RSMC La Réunion, ressaltou que, recordista ou não, Freddy permanecerá sendo um fenômeno raro em muitos aspectos: longevidade, distância percorrida, intensidade máxima notável, quantidade de energia ciclônica acumulada (ACE) e impacto em terras habitadas.
O caminho do Freddy
O Freddy se formou no nordeste da Austrália na primeira semana de fevereiro. A tempestade atravessou o sul do Oceano Índico e atingiu Madagascar em 21 de fevereiro, antes de chegar a Moçambique em 24 de fevereiro.
Com uma trajetória incomum, Freddy voltou a afetar o território moçambicano durante o último fim de semana e chegou ao Malaui na madrugada de segunda-feira (23).
“A energia ciclônica acumulada (índice usado para medir a energia liberada por um ciclone tropical) é equivalente a (toda) uma temporada média de furacões no Atlântico Norte”, explicou a OMM. (As informações são do g1)
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