Conflitos entre israelenses e palestinos iniciados na última quarta-feira (05) tiveram mais desdobramentos hoje: 34 foguetes foram disparados do sul do Líbano nesta tarde contra o norte de Israel. 25 foram interceptados no ar. Ao menos três pessoas ficaram feridas, duas foram atingidas por estilhaços e outra se feriu enquanto fugia de uma bomba. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou, nas redes sociais, que o governo “tomará as medidas necessárias para defender o país e seu povo”.
Nenhum grupo se responsabilizou pelo ataque. A organização Hezbollah negou ter qualquer envolvimento e culpou palestinos. A segurança libanesa reforçou a teoria ao alegar que os foguetes foram disparados do território ocupado por campos de refugiados. Já as Forças de Defesa de Israel (IDF) atribuíram a autoria do ataque ao grupo Hamas. O Ministério das Relações Exteriores chegou a publicar foto em seu instagram mostrando o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, visitando unidades de brigadas de foguetes Qassam no sul do Líbano antes do ataque, e afirmando que o Hamas é responsável pelo ataque e que estas unidades foram estabelecidas para atacar Israel pelo norte também, não apenas de Gaza. A investida ocorreu um dia após a chegada do líder do Hamas, Haniyeh, no Líbano, o que reforça ainda mais as suspeitas do envolvimento do grupo nos lançamentos dos artefatos.
O gabinete de segurança israelense se reuniu para decidir os próximos passos. A previsão é que Israel responderá fortemente contra o Hamas em Gaza. O líder da oposição em Israel, Yair Lapid, afirmou que “quando se trata da segurança nacional de Israel, a oposição dará apoio total ao governo para uma dura resposta das IDF”.
A ofensiva é a pior desde 2006, quando o Líbano estava em guerra com Israel. Durante o conflito, milhares de foguetes foram lançados do Líbano no território israelense.
As tensões aumentaram quando um grupo de 400 jovens palestinos se trancaram na mesquita de Al Aqsa, durante a reza da madrugada. A passagem de palestinos na região de Jerusalém havia sido flexibilizada para a comemoração do Ramadã. O templo é o terceiro mais sagrado do mundo, sendo importante para a fé judaica e muçulmana, ao proibir a entrada e saída de outros fiéis do local, foi instaurado um conflito. A polícia de Israel precisou intervir.
Os palestinos dispararam fogos de artifício e atiraram pedras contra as forças israelenses, que precisaram usar bombas de efeito moral para retirar as pessoas que fizeram barricadas para impedir a movimentação no local. O grupo terrorista Hamas se manifestou, incentivando palestinos a irem “em massa para a mesquita de Al-Aqsa para defendê-la”.
André Lajst, cientista político e presidente-executivo da StandWithUs Brasil explica que a motivação do ataque é uma tentativa de criar um ambiente de caos e acirrar conflitos. “A intenção do Hamas ao incentivar ações como essa é justamente usar esses atos como justificativa para lançar foguetes contra Israel e se colocar como o ‘defensor de Al Aqsa’ e do povo palestino, ganhando assim mais respeito, notoriedade e moral frente a grupos palestinos e a Autoridade Palestina”. O especialista ainda lamenta que inocentes estejam sendo feridos e que palestinos sejam impedidos de praticar sua fé devido a ação de grupos terroristas como o Hamas.
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