A Comissão de Educação da Alego, que é presidida pela deputada Bia de Lima (PT), promoveu audiência pública que debateu a segurança nas escolas goianas. O encontro teve lugar na sala das comissões do Palácio Maguito Vilela, na tarde desta segunda-feira, 17, e contou com a participação da deputada federal Delegada Adriana Accorsi (PT-GO) e da gerente de apoio às delegacias regionais e do Entorno, delegada Cybelle Tristão.
Também compuseram a Mesa o vice-presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás, Jaime Ricardo Ferreira; o presidente do Conselho Municipal de Educação da Capital, Márcio Carvalho dos Santos; a representante do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente, Seluta Rodrigues; o presidente do Sindicato dos Professores da Rede Particular (Sinpro), Railton Souza. E ainda, a presidente da Associação das Instituições Particulares de Ensino de Goiás, Eula Wamir; o coordenador Geral do DCE da UFG, Marcos Soares; o representante do Conselho Regional de Psicologia, Wadson Arantes; e a representante do Conselho Regional de Assistência Social de Goiás, Mara Costa.
“É importante que possamos ouvir as pessoas que estão no chão da escola, que têm experiência. Queremos saber como cada um está vendo esse momento tão adverso à Educação. Por isso, convidamos várias entidades para trazer esses olhares sobre o mesmo problema”, disse a deputada Bia de Lima ao iniciar os trabalhos.
A petista afirmou aos presentes que os casos registrados em Goiás e no Brasil, nos últimos meses, aumentaram o grau de preocupação dos profissionais com a integridade dos alunos e dos educadores em sala de aula.
“Antes nos entristecíamos quando víamos esse tipo de atentado nos Estados Unidos. Não imaginávamos a rapidez com que isso chegaria até nós. Temos perdido professores e alunos com agressão e violência”, lamentou.
Ela chamou atenção para a necessidade de debate para repensar pontos importantes para a segurança nas escolas. “Temos uma série de medidas sendo tomadas por diversos poderes e pastas. Há um esforço coletivo para construirmos uma barreira que garanta segurança para os servidores e alunos que estão no interior das escolas”, destacou.
A deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO) defendeu, durante participação na audiência pública, que sejam adotadas medidas imediatas para prevenir novos ataques no ambiente educacional.
“Isso não é brincadeira. Precisamos proteger nossas crianças e educadores. Nem sempre os ataques partem de membros da instituição, muitas vezes é algo causado por quem vem de fora. Por isso, aproveito para parabenizar também o trabalho da polícia goiana, trabalho que fiz questão de homenagear no Congresso Nacional”, declarou.
Segundo a parlamentar, o Brasil precisa de um trabalho incisivo para desconstrução do ódio. “Temos que trabalhar pelo fim dessas ações resultantes do pensamento do ódio, ideologias pautadas pela morte, exclusão e preconceito”, pontuou a federal.
Segundo a parlamentar, o Brasil precisa de um trabalho incisivo para desconstrução do ódio. “Temos que trabalhar pelo fim dessas ações resultantes do pensamento do ódio, ideologias pautadas pela morte, exclusão e preconceito”, pontuou a federal.
Instituições de ensino – A presidente da Associação das Instituições Particulares de Ensino em Goiás, Eula Wamir, chamou atenção para necessidade de monitoramento dos conteúdos consumidos por jovens na internet.
“Quais conteúdos estão alimentando nossas crianças? Precisamos de uma atenção da sociedade, uma força-tarefa por uma mudança de rota para que a escola continue sendo um local seguro. Nosso desejo é que a escola continue funcionando como um espaço de observação para o futuro, um futuro que seja harmônico e esperançoso. Portanto, contamos com o apoio desta Casa para que tenhamos dias melhores”, finalizou.
A gerente de apoio às delegacias regionais e do entorno, delegada Cybelle Tristão, argumentou por maior integração entre a escola, a polícia e familiares dos jovens estudantes da rede pública e privada de ensino.
“A polícia, como instrumento de controle do estado, vem fazendo seu papel, mas precisamos de algo mais. Precisamos da participação da sociedade, das escolas e das famílias. O diálogo entre família, escola e o Estado, representado, neste caso, pelas polícias, é algo muito importante”, disse.
Segundo a delegada, o ideal seria promover, dentro das escolas, uma integração entre todos os lados. “A polícia deve participar, não como opressora, mas como aliada nesse processo. Podemos colaborar com a ampliação da cultura de paz. Precisamos unir forças nesse processo. A polícia sozinha não faz seu papel, assim como é o caso da escola e das famílias”.
Antes de encerrar o debate, Bia de Lima garantiu que todas as sugestões e propostas apresentadas pelos participantes serão levadas adiante. “Compreendo que o nosso debate foi extremamente valioso. Anotei várias ideias que serão transformadas em ação, não fizemos esse encontro para que fique só no discurso. Buscaremos resultados”, arrematou. (Fonte: Agência Assembleia de Notícias)
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