O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres fará um novo depoimento à Polícia Federal na segunda-feira (8). Torres foi ex-ministro da Justiça na gestão Bolsando e está preso no 4º Batalhão de Aviação Operacional desde 14 de janeiro por suspeita de omissão durante as ações golpistas no dia 8 do mesmo mês.
O comparecimento à PF ocorre após uma série de eventos das últimas duas semanas que mantém o caso sob holofote da mídia e de parlamentares em Brasília, como a visita de senadores durante o final de semana ao ex-secretário.
No sábado (6), Torres recebeu os senadores Márcio Bittar, do União Brasil, e Jorge Seif, Magno Malta, Eduardo Gomes e Rogério Marinho, todos membros do PL. Durante a visita, Torres alegou inocência e demonstrou fragilidade, conforme os senadores. Para o domingo (7), há a previsão de visita de mais cinco senadores.
Ofício – As visitas são consequência um ofício assinado por mais de 40 senadores no dia 15 de março que foi enviado ao ministro do STF Alexandre de Moraes. O documento requisita visita ao ex-secretário por razões humanitárias. Moraes não autorizou visitas dos senadores Marcos do Val e Flávio Bolsonaro por suspeita de envolvimento no caso que levou Torres ao cárcere.
No dia 26 de abril, a defesa de Torres pediu a soltura do preso ao alegar que há chances dele cometer suicídio na cadeia. O pedido de habeas corpus veio acompanhado de uma avaliação psiquiátrica do preso. O último pedido de habeas corpus foi feito na sexta-feira (5), porém foi negado por Moraes.
Já no dia 28 de abril, veio à tona o fato de que as senhas de celular, nuvem de dados e e-mails fornecidas por Torres à PF eram incompatíveis e isso agravou a situação do detido, que emagreceu na prisão e está com depressão, segundo sua defesa. Ao voltar dos EUA, Torres afirmou que perdeu o celular em solo norte-americano. A defesa de Torres afirmou que ele esqueceu as senhas por um lapso de memória.
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