A China já responde por 56% das exportações de produtos de Goiás, e deseja ampliar sua participação. Durante reuniões na embaixada do Brasil, com investidores e executivos de diferentes setores, os chineses demonstraram entusiasmo após diálogos com empresários goianos.
Na série de reuniões realizadas nesta segunda-feira (12/6), os diretores da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Goiás (Acieg) e os outros 25 membros da delegação da Missão Goiás China obtiveram demonstrações de que o mercado chinês quer expandir ainda mais o ambiente de negócios já próspero com o estado brasileiro.
O país asiático é destino de 56% de todas as exportações goianas, com destaque para as commodities. No entanto, eles também desejam avançar em outras áreas, como energias renováveis, construção civil, tecnologia e inovação.
“Formamos uma comitiva de 28 goianos com o objetivo de elevar ainda mais a já bem-sucedida relação comercial entre Goiás e a China. O Brasil é um destino certo para os investimentos chineses, e Goiás não ficará de fora desse movimento virtuoso”, afirma o presidente da Acieg, Rubens Fileti.
Para o Vice Governador do Estado, Daniel Vilela, os números revelam a importância da visita à China. “Goiás tem feito o dever de casa nos últimos quatro anos, equilibrando as contas, e está pronto para fazer negócios com o mundo, não apenas no setor agrícola, mas também na nova industrialização, que tem sido o foco de atuação do vice-presidente Alckmin”, pontua Daniel.
TUS-EST
A delegação goiana visitou a TUS-EST e a TusPark, que possuem interesse na importação maior de proteína animal, como porco, frango e principalmente carne bovina. A TUS-EST é uma empresa ambiental, estatal e de alta tecnologia especializada em governança ambiental abrangente, com a missão de “construtora de cidades zero carbono e zero resíduos” e no modelo de desenvolvimento da hélice tripla de “Indústria + Tecnologia + Capital”.
Considerada por muitos a Havard Chinesa, a TusPark é a plataforma chave para estender organicamente a função social da Universidade de Tsinghua e transferir conquistas tecnológicas na universidade. Como missão, pretende tornar-se “um palco de inovação e empreendedorismo, um caminho para oportunidades & sucesso e uma ponte entre a tecnologia e a economia”.
Em reunião, Daniel Vilela afirmou que existem três grupos de municípios que precisam enfrentar o desafio de gestão de seus resíduos sólidos: os municípios que precisarão se consorciar com seus vizinhos, a Região Metropolitana de Goiânia e o Entorno do Distrito Federal. “Temos grande interesse em avançar na transferência de tecnologia para Goiás, temos pressa em evoluir no tratamento do nosso lixo, por isso já podemos definir os próximos passos”, afirma o vice-governador.
Para o presidente Rubens Fileti, a tecnologia está se superando rápido demais. “Tudo o que conhecemos sobre tecnologia está sendo superado muito rapidamente, daí a importância de se estabelecer um diálogo ao nível internacional para criar novas soluções para as demandas do mercado”, diz o presidente.
Para o vice-presidente Sênior da Qidi Holdings Co., Ltd. e Presidente Executivo da Qidi Technology Service Co., Ltd., Yang Ming, ressalva o interesse em uma visita ao Estado de Goiás. “Temos alguns contatos com o Brasil e é de nosso interesse visitar o Estado de Goiás. Temos muito a contribuir para o diálogo em torno de processos de inovação, intercâmbio de tecnologia e atração de investimentos”, afirma.
Deixe um comentário