A epidemia de Dengue pode voltar se os números de infecções da doença continuarem subindo. Em alguns estados do país, o número de infestações é de quase 500% maior que o número considerado de alto risco pelo Ministério da Saúde para uma epidemia da principais arboviroses: dengue, chikungunya e zika. O Ministério da Saúde estima que o risco de infecção pelo mosquito é Aedes aegypti considerado satisfatório, quando fica abaixo de 1%. Entre 1% e 4%, a situação é de alerta. E superior a 4%, o MS afirma que é considerado alto risco e surto da doença.
Confira quais são as principais arboviroses e os sintomas
Dengue – A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, dependendo de alguns fatores, entre eles: o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme).
Os sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar um sinal de alarme para dengue hemorrágica.
O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio.
Até o momento, já são cerca 1.375.614 casos de infecções de dengue apenas neste ano, além disso, 628 óbitos foram registrados pela doença.
Chikungunya – A chikungunya é uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus chikungunya, que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (mesmos mosquitos que transmitem a dengue e a febre amarela, respectivamente).
Os sintomas da doença podem variar e são acometidos por febre, dores intensas nas articulações, dores nas costas e corpo, erupção avermelhada na pele, dor de cabeça, náuseas e vômitos, dor retro-ocular, dor de garganta, calafrio, diarreia e/ou dor abdominal.
Este ano, 42 mortes foram registradas pela doença, além de 117.713 possíveis casos de infecção pelo vírus.
Zika – O zika vírus é um arbovírus, um tipo de vírus transmitido por artrópodes, como os insetos. Conhecido pela sigla ZIKV, é parente dos causadores de outras doenças, como a dengue, a febre amarela e a febre ocidental do Nilo.
Ele é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor do vírus da dengue. A infecção ocorre quando a fêmea do inseto pica uma pessoa com o vírus e depois se alimenta do sangue de outra que não tem o vírus.
Aproximadamente 8.414 pessoas foram infectadas pelo zika vírus e um morte foi registrada até o momento.
Com o cenário epidemiológico das arboviroses urbanas, o Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses) para traçar estratégias para redução do número de casos graves e óbitos por essas doenças.
A assistente de pesquisa do Info Dengue Sara Oliveira informou que o centro de operações é ativado quando há registro de casos acima da curva esperada para aquele período.
“A instalação desse Coe é muito importante, porque ele permite uma ação coordenada não apenas da nossa secretaria, mas também com outras secretarias do ministério e outras instâncias, como Conas, Conasems, Anvisa, Fiocruz, entre outras, que se reúnem diariamente para que a gente possa discutir os cenários e orientar as tomadas de decisões”, explicou.
Prevenção – Para prevenir as arboviroses, é importante controlar os mosquitos, eliminando seus criadouros, usando repelentes, vestindo roupas protetoras e mantendo os ambientes limpos e sem água parada. A vacinação também é importante para prevenir a febre amarela. (Fonte: Brasil 61)
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