sexta-feira , 22 novembro 2024
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Febre Maculosa transmitida pelo carrapato é uma doença infecciosa que tem proporção significativa

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Conhecida como a febre do carrapato, é uma doença que pode ser grave ou fatal, se não tratada precocemente. Especialista em Epidemiologia do Centro Universitário São Camilo comenta sobre o fato

A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável, e às vezes fatal, que costuma ser causada pela picada de um carrapato estrela infectado com bactéria Rickettsia rickettsii.

No Brasil, este ano já foram confirmados 53 casos da doença, dos quais oito resultaram em óbitos. E, em cidades do interior do estado de São Paulo, já se registrou vários focos da doença com mortes, porém há mais registros de pessoas infectadas que estão concentrados entre as regiões sul e sudeste do país.

Segundo o médico especialista em Saúde Pública e Epidemiologia e professor do Centro Universitário São Camilo, “a ‘Febre Maculosa’ é uma doença infecciosa transmitida pela picada prolongada (mais de 4 horas) do carrapato estrela que O carrapato estrela é vetor para a transmissão da bactéria R. Rickettisii causadora da Febre Maculosa, explica.

A frequência da doença tem crescido e, “isso parece ser devido a realização de festas e confraternizações em fazendas, sítios e chácaras e a atividades em áreas rurais e parques. A transmissão se dá unicamente pela picada do carrapato, que não acontece de forma imediata, pois o inseto precisa ficar de quatro a seis horas em contato no corpo da pessoa. É a única forma de contágio, pois não acontece contaminação de uma pessoa para outra”, relata o especialista.

Os primeiros sintomas da doença incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, em alguns casos pode haver também erupções avermelhadas na pele, indolores, que vão se expandindo em círculos concêntricos em formato de alvo, lesão característica no local da picada.

Para o sanitarista, é recomendado o uso de repelentes e roupas claras para poder identificar o inseto, principalmente ao transitar nas áreas rurais em passeios, trabalhos, festas e eventos. Após essas atividades deve-se tomar um cuidadoso banho e examinar a pele em busca de carrapatos aderidos que podem ser muito pequenos (menores que uma “cabeça de alfinete”). Os insetos encontrados devem ser retirados do corpo com o uso de uma pinça.

No período de três a cinco dias após esses eventos quaisquer sinais de infecção: febre, dores no corpo e musculares e prostração deve-se procurar o serviço de saúde e mencionar o contato com área de risco. Diagnosticada no início, principalmente pelos sinais e sintomas clínicos e o vínculo epidemiológico da exposição, a doença pode ser curada com o uso de antibióticos. Se não tratada, a doença pode persistir por meses ou anos e causar lesões neurológicas. Renais e cardíacas. Não existe tratamento preventivo que não evitar o contato prolongado com o carrapato infectado, complementa Zanetta.”

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