sexta-feira , 22 novembro 2024
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Terrorista atropela pedestre e esfaqueia cidadãos em Tel Aviv, Israel

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Mais um ataque terrorista ocorreu nesta  terça-feira (04), quando um motorista palestino atropelou pedestres na região norte de Tel Aviv e, depois, esfaqueou cidadãos que passavam pelo local. Sete pessoas foram feridas, quatro delas estão em estado grave. O agressor foi morto a tiros por um civil armado.

O grupo Hamas afirmou que o motorista, Abed al-Wahab Khalaila, de 20 anos, era um membro do grupo, mas não assumiu autoria do atentado. A organização prometeu, em sua declaração, “continuar, escalar e diversificar” os ataques de vingança. Afirmou ainda que a ação do autor do crime foi uma retaliação “ao crime de ocupação contra nosso povo no campo de Jenin”.   

O Shin Bet, serviço secreto interno de Israel,, o serviço secreto interno de Israel, declarou que o terrorista é residente da Cisjordânia e não tinha permissão para entrar em Tel Aviv. O ataque ocorreu após as Forças de Defesa de Israel (IDF) iniciarem a maior ação militar na região em 20 anos, na cidade de Jenin. A operação foi uma resposta aos atentados que mataram 24 israelenses desde o início do ano. A maior parte dos ataques vieram de Jenin e arredores.

André Lajst, cientista político especialista em Oriente Médio e presidente executivo da StandWithUs Brasil, explica que os confrontos devem ficar ainda mais intensos: “Desde o início do ano, o governo israelense vem lidando com um aumento de ataques palestinos. Medidas cada vez mais drásticas deverão ser tomadas pelas Forças de Defesa de Israel”, afirma o especialista.

Lajst explica, ainda, que o conflito prejudica também o povo palestino, que não está envolvido na luta armada.  “É muito perigoso para a vida cotidiana dos palestinos, mais do que para a vida cotidiana dos israelenses. O exército de Israel não vai deixar que os terroristas atinjam seu povo sem que nenhuma medida de defesa seja tomada. As forças israelenses vão precisar agir de maneira cada vez mais incisiva para proteger sua população. Se os ataques continuarem, haverá uma completa mudança da política de segurança de Israel para com a Cisjordânia, e os principais prejudicados serão os palestinos, que também sofrem com os ataques dos terroristas que se colocam em meio à população”, explica Lajst.

Entenda o conflito na Cisjordânia

Israel tem enfrentado uma onda de ataques de grupos armados, não necessariamente ligados a grupos terroristas, que estão fazendo atentados de oportunidade contra civis e soldados israelenses dentro de Israel e na Cisjordânia. Esse território é parcialmente controlado pela Autoridade Palestina e parcialmente controlado por Israel. “São milhares de homens armados na Cisjordânia, financiados pelo Irã, com dinheiro da Jihad Islâmica, mas sem afiliação ao grupo. Às vezes, o dinheiro também vem do Líbano através do Hezbollah”, explica o especialista André Lajst.

As tensões entre Israel e os palestinos aumentaram em março de 2022, após uma série de atentados terroristas em Be’er Sheva, Bnei Brak e Hadera, que deixou, à época, 11 mortos e 12 feridos. Desde então, as IDF lançaram a operação Quebrando a Onda, uma ação de contraterrorismo, para conter a série de ataques terroristas feitos por palestinos, para prender os criminosos e impedir futuros ataques. O início da operação Quebrando a Onda, em 31 de março de 2022, aumentaram os ataques palestinos (25, no total), em Israel e na Cisjordânia, que resultaram na morte de 45 pessoas e deixaram várias outras gravemente feridas.

Nas últimas semanas, os confrontos ficaram ainda mais intensos. No dia 19 de junho (segunda-feira), Israel realizou uma incursão em Jenin, cidade palestina na Cisjordânia, que acarretou na morte de 6 terroristas palestinos, sendo três ligados à Jihad Islâmica Palestina. Durante o confronto, para evacuar oito soldados feridos da zona de batalha, as tropas israelenses utilizaram um helicóptero, que abriu fogo. Foi a primeira vez desde a Segunda Intifada que Israel fez o uso de força aérea.

Como resposta à incursão, no dia 20 de junho (terça-feira), homens palestinos armados realizaram um atentado terrorista contra civis que estavam em um posto de gasolina e um restaurante em Eli, cidade judaica na região da Cisjordânia. Quatro pessoas foram assassinadas e outras quatro ficaram feridas.

Na manhã do dia 26 de junho (segunda-feira), um foguete foi lançado de Jenin, cidade palestina da Cisjordânia, e explodiu em território palestino, mas não há relato de feridos. O grupo terrorista Hamas admitiu autoria do ataque.

Israel já lidava com ataques de foguetes vindos do sul do Líbano e ainda enfrenta esse tipo de agressão vinda da Faixa de Gaza. Porém, a posição geográfica da Cisjordânia agravou o problema, por ser próxima do centro de Israel, região mais densamente povoada do país, onde estão Tel Aviv e Jerusalém, suas maiores cidades.

 No último domingo (02), foi realizada a maior operação israelense na Cisjordânia em 20 anos. A ação foi feita às 19h, na cidade de Jenin. Com o uso das forças aéreas e mais de mil tropas, a ação teve como alvo múltiplos centros de terrorismo na região, inclusive um imóvel utilizado por diversos grupos armados. Dez pessoas morreram durante a operação.

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