terça-feira , 3 dezembro 2024
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Marrocos de luto após forte terramoto

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O mais recente balanço das autoridades marroquinas sobreo terramoto que atingiu o país na sexta-feira à noite dá conta que estão já confirmados 2.012 mortos e 2.059 feridos, dos quais 1.404 em estado grave. No país, onde foi decretado um luto nacional de três dias, continuam as operações de resgate. No terreno, a agência Associated Press descreve o esforço dos soldados e trabalhadores marroquinos para fazerem chegar água e alimentos às aldeias montanhosas que ficaram em ruínas.

O rei de Marrocos, Mohammed VI, ordenou que seja providenciada água, comida e abrigo a quem perdeu as suas casas e pediu que as mesquitas espalhadas pelo país rezassem pelas vítimas durante o dia de hoje. Já o exército marroquino mobilizou equipas especializadas de busca e resgate.

Ajuda internacional – Entretanto, as equipas de ajuda internacional permanecem “no limbo”, esperando que as autoridades marroquinas peçam formalmente ajuda – demora que já motivou algumas críticas de cidadãos marroquinos nas redes sociais. Ainda assim, os trabalhadores humanitários não param de chegar. Segundo Arnaud Fraisse, da organização Rescuers Without Borders, uma centena de equipas, num total de 3.500 elementos de todo o mundo, estão registadas na plataforma das Nações Unidas, prontas para partir para Marrocos mal haja luz verde do Governo de Rabat. Segundo a AP, as Nações Unidas já têm uma equipa no terreno, em coordenação com as autoridades locais, para avaliar a ajuda internacional que será necessária.

Em resposta a um pedido bilateral das autoridades marroquinas, Espanha também já enviou um avião da Força Aérea com 56 soldados e quatro cães especializados em operações de busca e resgate. Em comunicado, a Cruz Vermelha Internacional alertou, este domingo, que Marrocos vai precisar de ajuda para os próximos “meses ou mesmo anos”, além das necessidades das primeiras “24 a 48 horas críticas”.

“Não será uma questão de uma ou duas semanas, como a nossa região viu com o grande terramoto na Turquia e na Síria no início deste ano. Esperamos meses, senão anos, de resposta”, alertou, em comunicado, Hossam Elsharkawi, diretor regional para o Próximo Oriente e Norte de África da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).

O tremor de terra em Marrocos, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos. O Serviço Geológico dos Estados Unidos registou a magnitude do sismo em 6,8.

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