sábado , 23 novembro 2024
Economia

Setor privado deve investir cerca de R$ 23 bilhões na indústria da saúde até 2026

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O setor privado pretende investir cerca de R$ 23 bilhões na área da saúde até 2026. A estimativa é do governo federal, que espera que as parcerias público-privadas possam fortalecer a produção interna de matérias-primas para o setor. 

O presidente eleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, defende os investimentos para o crescimento do setor industrial da saúde no país.

“Se nós temos uma nova indústria, se nós falamos na neoindustrialização, nós precisaremos de uma nova CNI para dar margem, dar acompanhamento e dar as respostas e as entregas necessárias para o desenvolvimento da indústria nesse país. Ela precisa cada vez mais se desenvolver e ter a sua importância relativa dentro do universo da economia. E a saúde certamente é uma prioridade nossa”, ressalta.

Na opinião do economista Jose Luis Oreiro, a demanda por insumos farmacêuticos para a produção de vacinas, por exemplo, é muito grande e substituir as importações desses materiais para investir na produção interna pode trazer vantagens econômicas que vão muito além da simples redução do valor das importações.

“A indústria farmacêutica é uma indústria de média e alta tecnologia. Quando você substitui a importação de insumos farmacêuticos e passa a produzi-los em território nacional, você cria no país empregos de alta qualidade, ou seja, empregos que pagam bons salários”, avalia. 

O especialista diz ainda que, quando se passa a produzir no Brasil insumos farmacêuticos, o país também ajuda a desenvolver a cadeia de fornecedores para a produção das matérias-primas. “Novas indústrias vão ser criadas em função das indústrias que vão ser introduzidas para a produção de insumos farmacêuticos”, pontua.

Para o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), integrante da Frente Parlamentar Mista da Indústria de Máquinas e Equipamentos e da Frente Parlamentar da Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação, investir na produção interna de insumos, pesquisa e inovação aumentará a visibilidade do Brasil.

“Quanto mais você se torna um país menos vulnerável, mais independente, mais importante você fica no mundo inteiro. A autonomia na produção desses produtos para nós é uma garantia de sustentabilidade e independência com relação aos mercados mundiais”, salienta.

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