sábado , 23 novembro 2024
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Perigo: Nos últimos quatro anos, SUS registrou mais de 1.500 internações por acidentes com fogos de artifício

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Fogos de artifício são tradições das festas de fim ano, como forma de celebrar o Natal e dar as boas-vindas a um novo ciclo, no Réveillon. Mas os artefatos que embelezam o céu e encantam os olhos oferecem potencial perigo, principalmente ao serem manuseados sem a devida atenção. De acordo com dados do Ministério da Saúde, de 2019 a 2022 o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 1.548 internações por ferimentos causados por fogos de artifício, média de 1 caso por dia.

Em 2023, dados preliminares da Pasta contabilizaram, de janeiro a setembro, 266 internações com o mesmo perfil.

As mãos costumam ser as partes mais impactadas. Além de queimaduras, os artefatos podem causar lesões com lacerações, cortes e até amputações de membros, como aconteceu, em julho deste ano, com o humorista catarinense Elvio da Nhaia, conhecido nas redes sociais como “Pilha”.

“A anatomia das mãos é complexa, pois é composta por nervos, vasos, tendões, ossos e ligamentos que podem, além da pele, serem lesados por explosão e pelo calor.”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Antonio Tufi Neder Filho.

Para evitar acidentes, recomenda-se que o artefato seja acionado com o uso de um suporte, algum objeto prolongável entre a mão e o rojão, mas nunca segurados diretamente nas mãos. “A atenção deve ser redobrada com as crianças, mantendo-as sempre afastadas do local”, frisa o especialista.

Outro ponto importante é evitar utilizar materiais de fabricação caseira, adquirindo fogos de artifício exclusivamente em estabelecimentos especializados, além de ler minuciosamente as orientações do produtor. “O acionamento sempre deve ser feito em áreas abertas, mantendo uma distância segura e assegurando-se, ainda, de que não haja materiais combustíveis nas proximidades. Jamais reutilize o material, mesmo que não tenha resultado na explosão desejada”, ressalta.

Em caso de queimaduras, o presidente da SBCM salienta que é importante lavar a região atingida com água corrente ou soro fisiológico, enfaixar com algum tecido limpo e procurar um atendimento de saúde o mais rápido possível. “Em nenhuma hipótese coloque algum tipo de remédio caseiro, pois isso pode levar a uma contaminação e infecção secundária”, pontua.

Em caso de traumas com sangramento, deve ser feita a compressão do local com pano limpo e procurar serviço de saúde. “Prudência e muita atenção são fundamentais para que o período do fim de ano, ao lado de nossos entes queridos, seja realmente de festas”, conclui.

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