quinta-feira , 21 novembro 2024
Eleições

Três formas de adotar mensageria para combater a desinformação

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Especialista da Robbu avalia os principais caminhos que a mensageria pode atuar na luta contra informações falsas – em um ano de eleições municipais e em que o tema foi apontado pelo WEF como um dos principais riscos globais

2024 é um ano de eleições municipais e, com isso, crescem as preocupações com um tema recorrente neste período: as fake news. Em janeiro, o estudo Global Risks Report, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), apontou que a desinformação, além de ser um dos grandes desafios para a tecnologia, está na lista de riscos globais. No cenário brasileiro, uma pesquisa feita pelo Instituto Data Senado em junho do ano passado apontou que 80% dos brasileiros acreditam que uma lei específica pode diminuir a quantidade de informações falsas nas redes sociais.

Diante desse contexto e, principalmente, depois do crescimento exponencial da inteligência artificial em 2023, a Chief Business Officer (CBO) da Robbu, líder em soluções de comunicação de negócios, Cristiane Reis, reforça que a mensageria é um fator essencial no combate à desinformação. “É inegável dizer que as redes sociais – e aplicativos de mensagens – em muitos casos, funcionam como a fonte de informação das pessoas. Por isso, canais oficiais de comunicação – sejam de empresas públicas ou privadas, além de um sistema de mensageria eficaz são uma peça-chave no combate das fake news”, diz.

Para exemplificar a importância da mensageria na luta contra a disseminação de informações falsas, a executiva da Robbu separou três características principais de um canal oficial eficaz. São elas:

1 – Canais oficiais

Segundo Cristiane, nesse caso, os canais oficiais (que, geralmente, são constituídos por chatbots) são espaços em que os usuários podem tirar dúvidas, se atualizar das novidades e até mesmo resolver algumas tarefas diretamente com a fonte oficial, seja ela uma empresa ou uma instituição pública. Plataformas assim evitam a disseminação de materiais opinativos como notícias verdadeiras que, na visão da especialista, é um dos grandes desafios para o combate às fake news.

“As fake news muitas vezes exploram opiniões para criar uma falsa sensação de veracidade. Ao oferecer um canal de mensageria em um aplicativo presente em mais de 98% dos celulares no Brasil [WhatsApp], as entidades podem se posicionar como fontes seguras, permitindo que as pessoas verifiquem as informações diretamente”, explica.

2 – Hábito de consumir informação direto da fonte

O segundo passo apontado pela executiva é uma derivação direta do primeiro: mudar o comportamento do usuário na busca pela informação. Segundo Cristiane, sistemas de mensageria eficazes são aqueles de simples navegação, ágeis nas respostas e, principalmente, conhecidos pelo público. Isso é essencial para que seja de simples acesso para os usuários e que eles se sintam à vontade para gravar o número e retornar de forma proativa quando for necessário.

“A construção cuidadosa do chatbot é essencial para que as pessoas tenham confiança em utilizar o canal. Isso inclui integrar serviços relevantes para as necessidades diárias das pessoas”, diz Cristiane. Apostando na mensageria como combatente das fake news, em dezembro de 2023, o Ministério da Saúde – em parceria com a Robbu e com a Meta – lançou um chatbot para informar a população sobre as principais novidades e informações de vacinação. O objetivo é fazer as pessoas pesquisarem diretamente da fonte oficial questões como calendários das doses e postos de saúde.

“Esse é um projeto que está em primeira fase e que é previsto continuidade. Inclusive, adaptado conforme surgirem novas dúvidas ou temas por meio das interações com o cidadão”, pontua a executiva da Robbu. Para acessar o chatbot, a pessoa deve adicionar na agenda de telefone o número (61) 99381-8399.

3 – Regulamentação conforme o setor avança

Na visão de Cristiane, à medida que os órgãos governamentais reconhecem a importância da centralização das informações em um canal oficial, é possível que, nos próximos anos, ocorra uma regulamentação mais abrangente no setor de mensageria. Isso ajudará a garantir segurança de dados, bem como melhorar ainda mais a transparência das informações – tendo em vista que a responsabilidade das instituições sobre as mensagens passadas aumentaria.

“A evolução do papel da mensageria no combate à desinformação pode, portanto, envolver uma maior formalização e fiscalização do setor, visando garantir a integridade das informações veiculadas”, finaliza.

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