quinta-feira , 12 junho 2025
Agronegócio

Governo Federal cria selos para atestar produção sustentável de cacau

53

Nesta quarta-feira (5), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei nº 14.877/24 que cria os selos verdes Cacau Cabruca e Cacau Amazônia. A determinação, que tem como objetivo atestar a sustentabilidade e o interesse social e ambiental da cacaiucultura brasileira, ocorre no Dia Mundial do Meio Ambiente. A medida trata do cultivo de cacau em sistemas agroflorestais, tanto para a modalidade cabruca, praticada na Mata Atlântica, quanto para a produção na região da Amazônia.

Para conseguirem a concessão dos selos verdes, os cacauicultores precisarão atender um conjunto de boas práticas, como atender aos critérios estipulados, como observar todas as leis ambientais e trabalhistas nacionais, estaduais ou municipais. Também será necessário cultivar o fruto na modalidade agroflorestal cabruca ou no bioma amazônico, de modo a conservar a diversidade biológica e seus valores associados, como recursos hídricos, solos, ecossistemas e paisagens.

Ainda, para ser concebido o selo verde, precisará comprovar que atividade será realizada de maneira sustentável, sem descaracterizar a cobertura vegetal e sem prejudicar a função ambiental da área de cultivo.

Para a diretora da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) do Mapa, Lucimara Chiari, é marcante que a lei tenha sido publicada no dia de celebração mundial do meio ambiente. “A cabruca é um sistema de produção de cacau que existe há mais de cem anos e é um grande propulsor da conservação da Mata Atlântica na região sul da Bahia, e o mesmo ocorre na Floresta Amazônica, principalmente no Pará. A publicação da lei é mais um ponto a favor da conservação das florestas para os dois biomas”, explicou.

Segundo Lucimara, os selos terão grande importância para o cacauicultor, principalmente se agregarem valor ao produto, uma vez que a indústria, tanto nacional quanto internacional, deverá estar disposta a pagar mais por produtos que venham desses sistemas de produção. “É essencial estabelecer critérios técnicos bastante claros que também promovam, além da sustentabilidade ambiental, a melhoria da qualidade do cacau produzido. Desta forma, garante-se que os sistemas resultem em produtos de alta qualidade e que o cacauicultor possa converter isso em ganhos. Ele conserva o meio ambiente e, ao mesmo tempo, agrega valor à amêndoa do cacau produzida”, finalizou a diretora da Ceplac.

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Agronegócio

Gripe aviária: Brasil confirma novo foco em aves domésticas no Mato Grosso

Um quarto foco de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) no...

Agronegócio

Mato Grosso registra foco de gripe aviária em aves de subsistência

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, neste sábado (7), a...

Agronegócio

Capacidade de armazenamento em nível de fazenda cresce 72,13% em 15 anos

Dados da Conab apontam que a armazenagem nas propriedades rurais saiu de...

Agronegócio

Conab inicia o Programa Arroz da Gente em parceria com MDA, Embrapa, IFRN e Banco do Brasil

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) lançou oficialmente o Programa Arroz da...