Segundo o presidente da montadora no Brasil e região da América Latina, Pablo Di Si, 51, a paralisação foi a alternativa encontrada para reduzir o risco de contágio no momento de agravamento da pandemia e a lotação de UTIs. “Esse é um tema de saúde pública e a Volkswagen não pode ficar alheia ao agravamento da pandemia no Brasil e ao aumento da taxa de ocupação dos leitos de UTI no país. Por isso, pensando na saúde de nossos empregados e seus familiares vamos paralisar a produção em nossas fábricas pelo período de 12 dias corridos, a partir do dia 24 de março” disse.
A medida ocorre em meio a um problema de ordem econômica gerado pelo surto e que compromete a produção do setor automotivo em escala global, a falta de semicondutores. Di Si conta que estão sendo feitos ajustes diários para manter o abastecimento, mas que a limitação deve perdurar por todo o primeiro semestre.
O presidente explica que desde a virada do ano, uma escassez significativa de capacidade de semicondutores levou a vários gargalos de fornecimento na indústria automotiva. “Isso foi desencadeado pelo bloqueio automotivo global relacionado ao coronavírus, que levou à redução dos estoques e ao redirecionamento de capacidades da indústria de semicondutores para outras indústrias, como informática” diz e acrescenta ainda que nos meses seguintes, a indústria automotiva se recuperou muito mais rápido e abruptamente do que o esperado, enquanto o aumento da produção de semicondutores automotivos para peças de suprimento central foi comparativamente lento. “O resultado são adaptações e reduções em toda a indústria na produção de automóveis, o que também afeta as marcas do Grupo Volkswagen.
Em relação à região América do Sul, genericamente, a equipe local está trabalhando com a matriz diariamente para proteger a cadeia de abastecimento —o que significa que nenhuma fábrica parou ainda. A previsão para estabilizar o quadro geral é o início do segundo semestre de 2021.
Deixe um comentário