A Mercedes-Benz confirmou nesta terça (23) que irá interromper a produção em suas fábricas entre os dias 26 de março e 5 de abril. Os motivos da parada são o agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil e a falta de componentes.
A montadora produz caminhões, chassis para ônibus e componentes nas fábricas de São Bernardo do Campo (ABC) e de Juiz de Fora (MG). A unidade de Iracemápolis (interior de São Paulo), que montava carros de passeio, foi fechada em dezembro.
Na sexta (19), o presidente do sindicato, Wagner Santana, disse a decretação da fase vermelha assustou muito os funcionários, que têm acordos para manutenção do emprego em vigor nas principais fábricas da região (Volkswagen, Mercedes, Scania e Toyota).
A parada na Mercedes vai aumentar a fila de espera por veículos pesados no Brasil, que cresce no ritmo do agronegócio. A Scania já havia confirmado a suspensão de suas atividades em São Bernardo pelo mesmo período de 10 dias.
A Volvo, que produz caminhões em Curitiba (PR), reduziu em 70% sua capacidade de produção devido à falta de componentes —principalmente semicondutores. A limitação foi implementada nesta terça (23) e vai durar, ao menos, até o fim de março.
Na sexta-feira (19), a Volks confirmou interrupção da operação fabril de quarta (24) ao dia 5 de abril, totalizando 12 dias. A empresa tem fábricas nas cidades paulistas de São Bernardo do Campo, Taubaté e São Carlos, além de uma planta em São José dos Pinhais (PR).
A General Motors já havia paralisado a produção do Onix, o carro mais vendido do país, por falta de peças. A previsão era que a fábrica de Gravataí (RS), onde o modelo é produzido, retornasse em junho. A montadora, porém, só deve retomar as atividades em julho.
No início de março, a GM anunciou um plano para suspensão temporária de 600 contratos de trabalho na fábrica de São José dos Campos (interior de São Paulo), onde produz a picape S10 e o esportivo utilitário Trailblazer. ( fonte: folha.uol.com.br)
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