Especialistas da área de Clima e Justiça do Greenpeace Brasil alertam que faltam políticas públicas efetivas de adaptação às mudanças climáticas para preservar a vida das pessoas, especialmente aquelas vulnerabilizadas socialmente. Cada vez mais os eventos climáticos extremos estão intensos e frequentes, as mortes, as habitações destruídas e danificadas, as enchentes e os alagamentos invadindo as casas, a queda de árvores, a falta de coleta seletiva adequada, a realocação forçada de pessoas, deslizamentos de terra e entre outros exemplos evidenciam que o poder público, em todas as esferas, não está cumprindo o papel constitucional de proteger a vida da população. O Greenpeace convida toda a população a aderir ao abaixo-assinado que cobra a revisão e a implementação do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA).
O avanço do ciclone extratropical pela Região Sul do país desde quarta-feira (12), assim como as chuvas da última semana em Pernambuco e Alagoas, provoca estragos e mortes principalmente para pessoas pretas, indígenas e quilombolas em áreas de risco. É necessário que os governos federal, estadual e municipal elaborem planos e estratégias para a adaptação climática em seus territórios.
“A culpa não é do vento e muito menos das chuvas. Para reduzir os impactos dos eventos extremos do clima, é necessário que o poder público invista em adaptação climática e prevenção a desastres. Estamos enfrentando um cenário de muitas mudanças na atmosfera e precisamos estar preparados para lidar com essa situação”, afirma Rodrigo Jesus, porta-voz de Clima e Justiça do Greenpeace Brasil.
Com mais de 4 milhões de brasileiras e brasileiros vivendo em áreas de risco, expostos a eventos extremos que ameaçam suas vidas diariamente, é urgente a implementação de políticas públicas permanentes que respondam às consequências da crise climática, promovendo condições dignas de moradia e cidadania.
O Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), elaborado em 2016 a toque de caixa e atualmente defasado (seu prazo expirou em 2020), não considera as periferias das cidades como territórios sensíveis. O Greenpeace Brasil defende a renovação urgente do PNA, com ampla participação da sociedade civil e elaboração de medidas que promovam a justiça climática, protegendo as parcelas da população que estão mais expostas aos riscos.
“Quantas mortes mais precisamos contar para que as políticas públicas de enfrentamento à crise climática se tornem prioridade para o poder público?”, afirma Rodrigo Jesus, porta-voz do Greenpeace Brasil..
Deixe um comentário