Os russos destruíram 120 toneladas de cereais, segundo uma mensagem publicada pelo governador no Telegram. A Rússia atirou mísseis de cruzeiro Kalibr a partir do mar Negro e em baixa altitude, para contornar os sistemas de defesa aérea, acrescentou o governador Kiper.
Dois mísseis atingiram depósitos onde os cereais estavam estocados, provocando um incêndio. Em outro local que foi alvo dos bombardeios, havia equipamentos agrícolas e um veículo de resgate.
Moscou afirma que os ataques são uma “represália”. O país colocou fim ao acordo de exportações de cereais estabelecido em 17 julho de 2022. Na época, a ONU e a Turquia negociaram a abertura de um corredor marítimo humanitário no mar Negro, o que possibilitava à Ucrânia a exportação dos grãos.
Os russos também mantiveram os ataques às regiões orientais e meridionais na Ucrânia, nesta semana. Segundo o governador da região de Zaporíjia, Youri Malachko, 80 ataques localidades foram atingidas, nas últimas 24 horas. Quatro pessoas morreram.
Exercícios militares
Paralelamente, a Rússia anunciou nesta sexta-feira (21) ter realizado exercícios militares no mar Negro. De acordo com o ministério da Defesa do país, navios da frota russa atiraram mísseis de cruzeiro “em um barco, que foi destruído, na área de treinamento de combates, no noroeste do mar Negro.”
O país afirmou que consideraria, a partir desta quinta-feira, os navios em direção à Ucrânia como “potenciais embarcações militares”. A tensão cresceu na área desde o fim do acordo sobre exportações de cereais.
O ministério russo da Defesa também indicou que uma parte de sua força aérea, em coordenação com seus navios, “trabalharia em ações para isolar a zona temporariamente fechada para navegação.”
As cidades portuárias ucranianas de Mykolaiv e Odessa, no mar Negro, foram alvo de ataques russos na noite de quarta para quinta-feira, condenados pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.
Kiev acusa Moscou de visar especificamente infraestruturas portuárias para impedir a eventual retomada das exportações de cereais. A Ucrânia pede a instauração de patrulhas militares navais, sob mandato da ONU, que ainda não respondeu à solicitação. (Com informações da AFP)
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