O diretor do Hospital Kamal Adwan, Ahmad Kahlot, de Jabalya, no norte de Gaza, confessou nesta terça- feira (19) ao serviço de segurança de Israel, Shin Bet, que o Hamas assumiu o controle de seu hospital e o usou como centro de operações militares.
Em depoimento ao Shin Bet, serviço de segurança interna de Israel, Kahlot disse que se juntou ao Hamas em 2010 no posto equivalente a um general de brigada, onde permaneceu durante um ano. O ex -integrante do grupo terrorista foi preso no dia 12 de dezembro e, desde então, tem dado detalhes para as autoridades sobre os métodos usados pelo Hamas para esconder suas armas e entrelaçar suas operações com o funcionamento do hospital.
Segundo Ahmad, os altos funcionários políticos do Hamas, tanto militares quanto funcionários civis, tinham quartos no hospital onde se escondiam por cerca de dez dias e depois trocavam de lugar.
O diretor disse ainda que muitos membros das brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, atuam como funcionários do hospital, servindo como médicos, enfermeiros, paramédicos, secretárias e outras funções. Segundo ele, cerca de 16 funcionários do hospital eram agentes terroristas do Hamas.
Outro ponto importante na fala de Kahlot foi sobre o uso de ambulâncias; ele confessou que o Hamas trouxe um dos soldados das IDF- forças de defesa de Israel- como refém para o hospital e usou ambulâncias para movimentar os corpos dos reféns israelenses. Além disso, descreveu o Hamas como um grupo organizado que tem seus próprios escritórios, ambulâncias e equipamentos separados com cores e sinais diferentes: “As ambulâncias do Hamas não nos ajudaram no transporte de feridos, quando havia muitos feridos pedia-lhes que levassem alguém ao Hospital Indonésio, mas eles recusavam”, relatou o diretor.
Segundo André Lajst, presidente executivo da StandWithUs Brasil, esta descoberta só vem reforçar o que já se sabe há muito tempo: o Hamas se instala propositalmente em hospitais, escolas, mesquitas e nas próprias casas da população civil palestina. Eles mesmos já disseram que não se importam com a população civil de Gaza, e a utilizam como escudos humanos, dificultando assim a ação do exército de Israel, que se preocupa em não atingir, na guerra com o Hamas ou em qualquer outra batalha, a sociedade civil”.
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