domingo , 24 novembro 2024
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Emprego na construção cresce após impacto positivo das novas regras do MCMV e uso do FGTS

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Setor registrou maior percentual de crescimento entre as cinco principais atividades econômicas. Dentro desse cenário, Goiás teve destaque ao ser o 3º estado, em números absolutos, que mais gerou novas oportunidades em abril

A construção civil segue em franca expansão neste ano de 2024, com reflexo direto na geração de empregos. Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o setor gerou mais de 141 mil novas vagas entre janeiro e abril de 2024, registrando o maior percentual de crescimento (5,15%) entre as cinco principais atividades econômicas na comparação com o período de janeiro e abril de 2023. Nesse bom momento do trabalho na construção civil, o destaque vai para o segmento de execução de edifícios, que respondeu por mais de 43% (61.428), dos novos postos de trabalho gerados nos canteiros de obras.

Dentro desse cenário, o estado de Goiás teve destaque, sendo a terceira unidade da federação que, em números absolutos, gerou mais oportunidades de emprego na construção civil no mês de abril deste ano. Foram 3.648 vagas abertas, ficando atrás apenas dos estados de Minas Gerais (5.146) e São Paulo (4.051).

Para Antônio Caio Ribeiro, gestor de obras da MRV em Goiás, o avanço da geração de empregos na construção está diretamente ligado ao bom momento do setor imobiliário, especialmente no segmento de moradias populares, onde a MRV desponta como uma das construtoras mais relevantes. Ele explica que a venda de apartamentos econômicos ou populares ganhou um novo impulso este ano, com o anúncio pelo governo federal de novas regras que facilitaram a aquisição da casa própria pelo financiamento via FGTS e pelo Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). “O recente anúncio de incremento entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões no orçamento anual do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para habitação, linha de crédito que abastece especialmente o MCMV, e agora com o lançamento do  benefício“FGTS Futuro” para trabalhadores com renda de até R$ 2.640, trouxeram otimismo para o setor de habitação ”, afirma Antônio Caio Ribeiro.

 Vendas aquecidasDados do indicador Abrainc-Fipe, elaborado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), demonstram que, no acumulado de 12 meses, encerrados em março, o MCMV apresentou crescimento, tanto na quantidade de unidades vendidas (128.023), avanço de 56,4%; quanto no volume financeiro, que chegou a R$ 28,9 bilhões), um aumento de 66,4%, na comparação com o período anterior.

Em Goiás, esse cenário positivo se repete, pois segundo pesquisa feita pela consultoria Brain para a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-GO), houve um crescimento de 14% no número de lançamentos imobiliários no setor de residenciais verticais no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior, e as vendas tiveram acréscimo de 15,8%. Já os imóveis inseridos no programa MCMV mais que dobraram o volume de unidades comercializadas no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período em 2023. Foram 460 unidades vendidas em 2024, frente a 218 em 2023.

“O setor imobiliário, especialmente nesse segmento de imóveis econômicos, vive um bom momento, por isso,com previsão de crescimento na quantidade de unidades a serem construídas”, analisa o gestor de obras. Ele lembra ainda que esse crescimento nas vendas da empresa já vinha desde 2023, quando a construtora bateu seu recorde de vendas líquidas, com aumento de 45% frente ao ano anterior. “E com esse otimismo no cenário da construção civil, houve essa ampliação no número de vagas,  seja para área de produção, administração e vendas”, completa.

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