Durante depoimento à CPI da Covid, que durou pouco mais de tres horas, o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel afirmou nesta quarta-feira (16), aos senadores da comissão parlamentar de inquérito que houve “sabotagem” e “perseguição” por parte do governo federal contra os gestores estaduais durante a pandemia.
Ele também fez críticas ao governo e ao presidente Jair Bolsonaro em relação à montagem de hospitais de campanha, à abertura de leitos, à entrega de equipamentos, como ventiladores pulmonares, à demora para adoção do auxílio emergencial.
Wilson Witzel foi confrontado pelo senador Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, que não é integrante da CPI. O senador contestou as acusações de Witzel ao governo e atacou o ex-governador, acusando-o de ser responsável por mortes, de mentir à comissão e de usar a CPI como “palanque político”
O depoimento foi encurtado pelo próprio Witzel. Protegido por um habeas corpus obtido no Supremo Tribunal Federal (STF), ele podia falar o que quisesse e por quanto tempo quisesse. O ministro Nunes Marques concedeu o HC porque Witzel é investigado por fatos em análise na CPI e não pode ser eventualmente obrigado a produzir provas contra si mesmo.
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