Principal alvo da CPI da Covid, a vacina Covaxin foi exportada para apenas 13 países. A lista de clientes do laboratório indiano Bharat Biotech inclui, além do Brasil, nações como México, Irã, Paraguai, Nepal, Botsuana, Ilhas Maurício, Nicarágua, Mianmar, Zimbábue, Guatemala, Filipinas e a própria Índia. A falta de interesse pelo imunizante no mercado internacional é outro elemento que chamou a atenção de senadores envolvidos nas investigações.
Como mostrou o Valor hoje, esses e outros elementos devem ser investigados pela cúpula da comissão de inquérito. Foi considerado suspeito também o fato de que, apenas nove dias depois de assinar um contrato bilionário com a Precisa Medicamentos para a aquisição de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, o Ministério da Saúde tomou a iniciativa de enviar um novo ofício à empresa sugerindo a negociação de mais 50 milhões de unidades do imunizante.
A informação consta de um documento encaminhado pelo próprio Ministério da Saúde à CPI. Nele, o órgão lista todas as ações que foram tomadas junto a cada um dos laboratórios que negociaram com o Executivo desde o início da pandemia. O tal ofício direcionado à Precisa é datado de 6 de março deste ano, ou seja, na semana seguinte à aquisição do primeiro lote de vacinas indianas.
A comunicação recebeu assinatura, inclusive, da Secretaria-Executiva do ministério, que era ocupada então por aliados do ex-ministro Eduardo Pazuello. Alguns deles podem ser investigados pelo Ministério Público Federal (MPF) por, supostamente, fazerem “pressão” para que um servidor da Pasta agilizasse os trâmites burocráticos. (fonte:valorinveste.globo.com)
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