No rastro das supostas irregularidades em contratos de aquisição de vacinas com a participação de intermediários, a CPI da Covid ouviu nesta quarta-feira (25) Roberto Pereira Ramos Júnior, diretor do FIB Bank Garantias S.A. Essa empresa apresentou uma carta fiança de R$ 80,7 milhões para avalizar a negociação de compra da vacina indiana Covaxin com a intermediação da Precisa Medicamentos.
O depoente é acusado desde o início da reunião pelos senadores da CPI de mentir na oitiva. Ele usufrui de um Habeas Corpus, concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que dá o direito de ficar em silêncio em questões que podem o incriminar, mas diferente de depoentes anteriores, Roberto Pereira responde às perguntas dos senadores. O relator da Comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), cogitou pedir a prisão do diretor da FIB Bank por falso testemunho, o que foi negado pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).
Os senadores da Comissão desconfiam que o FIB Bank tem laços estreitos com o líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), mas o depoente negou que haja qualquer relação com o parlamentar. Ele também negou conhecer o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maxiamiano. De acordo com o diretor, não há relações da empresa com o advogado de Ricardo Barros, Marcos Tolentino, mas o senador Rogério Carvalho (PT-SE), informou na CPI que o número de telefone do FIB Bank é o mesmo do escritório do Tolentino. fonte:congressoem foco.comb.br)
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