Enquanto o Ministério da Saúde recomendou nesta quinta (16/9) que adolescentes sem comorbidades não sejam vacinados no Brasil, diversos países ao redor do mundo estão vacinando seus adolescentes e crianças. Ao anunciar a decisão, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que havia dúvidas sobre a segurança da imunização dos jovens. Em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta, Queiroga disse que partiu do presidente Jair Bolsonaro o pedido de reavaliar a orientação.
Especialistas criticaram a decisão. O Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) emitiram nota manifestando “profundo lamento” em relação à decisão do Ministério da Saúde e pedindo um posicionamento da Anvisa, que já havia autorizado a vacinação com o imunizante da Pfizer em jovens de 12 a 17 anos. “Ao implementar unilateralmente decisões sem respaldo técnico e científico, coloca-se em risco a principal ação de controle da pandemia”, diz a nota.
A orientação dividiu municípios e Estados, com várias capitais decidindo manter a vacinação desta faixa etária, como São Paulo e Rio de Janeiro, apesar da recomendação do Ministério da Saúde.
A Anvisa informou que investiga suspeita de reação adversa grave com vacina da Pfizer, mas que não existem até o momento “evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina”.
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