Milhares de pessoas saíram às ruas neste domingo em Bruxelas para protestar contra as medidas adotadas para impedir a nova onda de covid-19, que está atingindo vários países da Europa Central neste outono, somando-se à onda de protestos que ocorreu neste sábado em outras cidades europeias, como Viena ou Roterdã. Como ocorreu em outras partes da Europa, especialmente na Holanda —onde havia cerca de trinta detidos na noite passada— a manifestação, que contou com a presença de cerca de 35.000 pessoas, terminou com violência.
Em princípio, tinha sido convocada contra as medidas que o Governo belga adotou nas últimas semanas, mais precisamente contra o passaporte covid-19, que desde outubro passado deve ser utilizado para entrar em todos os locais públicos (restaurantes, cafés, edifícios administrativos, comércio…).
Ao fim do protesto, a polícia de Bruxelas avisou que iria começar a prender os responsáveis pelos distúrbios, que incluem a queima de lixeiras e o lançamento de objetos. A incidência desse tipo de protesto na Bélgica aumentou acentuadamente nas últimas semanas, apesar de 88% dos maiores de 18 anos terem sido vacinados com pelo menos uma dose. De acordo com os últimos dados oficiais, a incidência de casos positivos detectados chega a 1.300 por 100.000 habitantes. Com esses números, o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, defendeu a eficácia da vacina contra o covid-19, declarando: “Se não tivéssemos 90% dos adultos vacinados, ficaríamos confinados por várias semanas.”
A Organização Mundial da Saúde voltou a manifestar neste sábado a sua grande preocupação com o aumento dos casos do covid-19 na Europa. O diretor regional da entidade, Hans Kluge, alertou à BBC que é possível que meio milhão de pessoas morram até março de 2022 se não houver medidas urgentes, como a obrigatoriedade das máscaras, algo que continua em vigor na Espanha, por exemplo, mas já foi eliminado em muitos países vizinhos. (fonte:brasil.elpais.com)
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