Depois de reclamar ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a demora da Justiça Federal de Curitiba para desbloquear seus bens, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou ao magistrado no início da tarde desta terça-feira, 30, que o juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, enfim determinou que o petista pode retomar o seu patrimônio. Depois de mais de quatro anos com os bens indisponíveis, Lula teve uma ação julgada procedente pela Segunda Turma do STF, que na sexta-feira, 26, mandou Bonat desbloquear os bens.
Ao retomar a liberdade e os direitos políticos, por meio de decisões do Supremo que derrubaram a prisão após condenação em segunda instância e anularam processos da Lava Jato contra ele, Lula dedicou esforços na Justiça para reaver seus bens. A decisão da Segunda Turma pelo desbloqueio do patrimônio teve os votos favoráveis de Lewandowski e dos ministros Gilmar Mendes e Nunes Marques. O relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, votou pela manutenção das medidas.
O montante em discussão é de cerca de 6 milhões de reais, entre imóveis, veículos, aplicações financeiras e saldos bancários, valor correspondente à metade pertencente a Lula no patrimônio dele e da ex-primeira-dama Marisa Letícia, com quem era casado em comunhão universal de bens (ela morreu em 2017). A outra metade, conforme o inventário apresentado à Justiça, será dividida igualmente entre os quatro filhos: Fábio Luís, Marcos Cláudio, Sandro Luís e Luís Cláudio. (Com informações da Veja)
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